Rodrigo Amaral obrigado a esperar por reboqueEsta sexta etapa do Lisboa-Dakar ligava Tan Tan a Zouerat, marcando a saída de Marrocos e a entrada na Mauritânia, incluindo 394 km de especial e uma ligação de 423 km. A maior tirada da prova, com bastante navegação, dentro e fora de pistas. E se na passagem do Mur e da fronteira que só se abre anualmente para a passagem do Dakar, não houve problemas para Rodrigo e Duarte Amaral, já o troço cronometrado foi outra história.
Depois da chuva caída na madrugada, a dupla da Sical Challenge Team encontrou pisos bastante enlameados que dificultavam a progressão. No entanto problemas eléctricos no Bowler Wildcat acabariam por ditar uma prolongada paragem na pista durante a noite e madrugada. “Estávamos a andar bem quando começamos a ter problemas eléctricos, que, em última análise, resultaram num curto-circuito. Ainda tentamos que um camião nos ajudasse, mas foi em vão. Não temos corrente. Vamos ser rebocados e esperamos conseguir continuar em prova”, explicou, algo preocupado, Duarte Amaral.
Até este contra-tempo, a dupla da Sical Challenge Team seguia entre os 60 primeiros classificados dos automóveis, liderados por Carlos Sainz, apesar de neste sexto dia ter sido Robby Gordon e o seu impressionante Hummer a ditar a lei. Quanto a Rodrigo e Duarte Amaral fica a vontade de prosseguir para a Dakar, “custe o que custar”, pois a equipa portuguesa não quer repetir o desfecho do ano passado, quando foi forçada a claudicar no decorrer da sétima tirada.
A sétima etapa, toda ela disputada em território da Mauritânia, liga Zouerat a Atar e consta de seis centenas de quilómetros de pistas encadeadas e dunas de transposição com um elevado grau de dificuldade. A travessia do erg irá «separar as águas» em termos de classificação. 542 km de especial bastante decisivos para somente 38 km de ligação. |