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Balanço muito positivo para Dakar

Ricardo Leal dos Santos começou de forma soberba a sua participação no Euromilhões Lisboa/Dakar 2007. O único participante português a solo evidenciou-se nas etapas nacionais, tendo começado com um confortável 44º lugar. Ricardo demonstrou, assim, que a sua participação vai muito para além do eventual exotismo que, para alguns, encarna uma participação a Solo.

No somatório das duas etapas disputadas em Portugal, o piloto posicionou-se no 40º lugar, passando a ser o terceiro entre os concorrentes nacionais, na classificação geral. “O balanço é bastante positivo! Vou entrar em África com o grupo da frente e onde não há pilotos lentos. Espero por aí continuar”, salientou o piloto do Cetelem Desert Team.

Apesar das exigências de navegação que surgiram ao longo de toda a especial, a terceira etapa do Euromilhões Lisboa-Dakar foi bastante positiva para o piloto, que passou a liderar a Categoria Solo.

No entanto, a travessia do deserto marroquino obrigou Ricardo Leal dos Santos a trabalhos forçados. A quarta etapa do rali não foi fácil, com várias dificuldades a marcaram o dia do piloto.

“Comecei a sentir que o carro estava em esforço, sem razão aparente e com mais dificuldade do que era normal para ultrapassar a zona das dunas. A certa altura, para me desviar de uma moto, acabei mesmo por atascar”, comentou.

E porque o Dakar não é só competição, a quinta etapa da prova serviu para mostrar a solidariedade entre a comitiva lusa. Ricardo Leal dos Santos teve um problema no motor de arranque, que o impediu de conseguir melhores resultados. Cada vez que tentava travar a fundo, o carro bloqueava, o que o impossibilitava de arrancar sozinho. Valeu-lhe a ajuda da Madalena Antas para superar uma situação mais complicada.

A transição para a Mauritânia fez-se sob o signo do mau tempo. Uma tempestade de areia abateu-se sobre Tan Tan, durante a noite e a madrugada. A chuva enlameou uma boa parte da ligação, até ao início da primeira especial disputada no quarto país percorrido pelo maior rali do mundo. Tornou-se uma etapa muito sofrida para Ricardo Leal dos Santos que, no entanto, se manteve firme, com o seu exigente Projecto Solo.

A sétima etapa da competição revelou-se bastante complicada para o piloto, que contou com uma série de peripécias que atrasaram em muito a sua prestação naquela que foi a última etapa antes do dia de descanso. O piloto do Cetelem Desert Team chegou a Atar na 66ª posição, assumindo-se como o quarto melhor português.

O merecido dia de descanso não serviu apenas para revitalizar piloto e máquina. Ricardo Leal dos Santos amadureceu ideias e cimentou o seu projecto nesta que é uma das mais duras competições do mundo. E foi com quase tudo em ordem que o piloto partiu para a mais dura jornada do Lisboa/Dakar. Foram quase doze horas de condução extremamente complicada e exigente para percorrer os 589 quilómetros do percurso. Neste duro exame, Ricardo acabou por ser o segundo melhor português.

“Foi duríssimo! Tive de ser astuto para ultrapassar as dificuldades que me foram surgindo. A solo é ainda mais difícil, mas nunca facilitei e percebi que me estava a safar muito bem, pela quantidade de carros que ia deixando para trás”, referiu Ricardo Leal dos Santos, actualmente o terceiro melhor português em prova e o 2º classificado na categoria solo.

Hoje, entre Tichit e Nema, ao longo de quase quinhentos quilómetros, o piloto continuará a lutar não só pela vitória na categoria Solo, mas também, merecidamente, por um lugar entre os melhores portugueses em prova.

A2 Comunicação, 2007-01-15
 
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