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Sat, 27 Apr 2024
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Bianchi Prata Competições em balanço

A Dureza da Mauritânia

O Dakar entra na Mauritânia e aparecem as primeiras dunas, com tempestades de areia a mistura.

Hélder Rodrigues - “Entramos no Mauritânia, com uma ligação muito difícil, com uma tempestade de areia, muita chuva e frio à mistura. A especial era difícil, devido a tempestade de areia onde era muito complicado navegar e andar rápido ao mesmo tempo. Tivemos pistas de areia com as primeiras dunas que é o terreno que eu mais gosto. Mesmo com todas estas dificuldades consegui um bom resultado neste primeiro dia na Mauritânia. ”

Pedro Bianchi Prata - “Gostei muito desta etapa apesar de ter partido com 2 horas de atraso devido a ter cedido a minha roda traseira ao Hélder. Optamos por dar a minha roda, pois ele é o melhor classificado da equipa, e para não prejudicar o seu resultado. Tive de esperar por uma roda, mesmo assim, parti em último. Numa especial rápida, onde ultrapassei muitas motas e carros. Sofri muito com o pó, mas adorei muito a etapa.
Foi engraçado, porque viemos para andar no deserto e no calor, mas no entanto apanhamos 3 horas de chuva com lama, o que parecia mais que estávamos numa prova de enduro em Portugal do que no Dakar. ”

Pedro Oliveira – “Esta foi a especial maior até ao momento neste Dakar. Começou às 5:30h com uma tempestade de areia, onde no troço de ligação não conseguia andar em frente, a mota ia completamente de lado e não tinha mais do que 10 metros de visibilidade. Depois apanhamos 3 horas de chuva para percorrer 400km de especial, o que foi muito exigente fisicamente. Estou na 21ª posição da classificação geral, continuando a superar os meus objectivos. ”


ETAPA 7

A tristeza do primeiro abandono da equipa

Esta etapa fica marcada pelo abandono do piloto Pedro Oliveira, após uma queda

Hélder Rodrigues – “Mais um dia de dunas e tempestade de areia, o que fez com que a organização tivesse anulado os últimos 150km. Mesmo assim sabia que tina de andar rápido e foi o que fiz. Entrei atrasado ao início da especial, o que me fez perder algum tempo, mas ataquei forte no final e conseguir estar agora no 8º lugar da classificação gera. Agora vamos ter um dia de descanso para recuperar forças. Sei que posso fazer ainda melhor. ”

Pedro Bianchi Prata – “No dia de hoje, depois de ter perdido 2 horas no dia de ontem, parti em último. A etapa tinha vários tipos de pisos, e muita navegação. Adorei andar nas dunas grandes, mesmo assim e apesar de ter ultrapassado mais de 120 motas, consegui terminar em 24ºna etapa. Naveguei bem, sem cometer erros. No final apanhamos uma tempestade. Deu-me imenso gozo esta especial. No final da etapa quando vi a mota do Pedro Oliveira parada, percebi logo que algo de grave se tinha passado e fiquei bastante triste. Estas situações fazem parte das corridas e espero que para o ano corram melhor.
A organização esteve bem ao anular os últimos 150km, pois a tempestade de areia era imensa. ”

Pedro Oliveira – “A etapa foi feita debaixo de em condições extremas, com uma tempestade de areia. Em alguns locais a visibilidade era tão reduzida que as motas tinham que seguir em fila na pista, pois ninguém via nada.
Era uma etapa que tinha 500km, mas devido a tempestade, foram anulados os últimos 150km.
Foi a etapa que ditou o meu abandono do Dakar. A 15km do final tive uma queda, onde fiz uma fractura no braço, o que provocou a minha desistência. Estou triste pelo meu abandono, mas também porque estava a fazer um excelente tempo, onde previa entrar nos 20 primeiros lugares da geral. ”

Agora que estamos a meio deste Lisboa-Dakar, com 7 etapas completadas, os pilotos vão ter um merecido dia de descanso.


DIA DE DESCANSO

Dia de descanso após 7 especiais muito duras

Este dia serve para recuperas as forças após 7 etapas, todas elas de extrema dureza

Hélder Rodrigues – “Com uma semana de Dakar, o balanço é muito positivo, com o meu 8º lugar da classificação geral. Mais um ano em que a prova do Dakar começa no nosso país, onde tive o 2º e 1º lugares respectivamente, o que nos levou a chegar a Marrocos na frente da geral. Foi com um grande orgulho que parti em 1º lugar em África. Este resultado deve-se não só ao meu esforço, mas também a todo o empenho e profissionalismo da equipa. Na 1ª etapa de Marrocos tive um pequeno problema no equipamento de navegação, o que fez com que perdesse algum tempo, mesmo assim sem descolar dois lugares da frente.
Acabei Marrocos num bom lugar, pois o meu objectivo era estar nos 15 primeiros da geral. Após a entra na Mauritânia no terreno que eu mais gosto, tenho vindo a subir lugares na classificação geral.
Apesar das dificuldades, das tempestades de areia, frio, e chuva, tenho atacado forte em todas as especiais.
Estou num bom lugar e com boas possibilidades de subir na classificação geral. Quero acabar como comecei. ”

Pedro Bianchi Prata – “Após uma semana de corrida estou a adorar.
Está-me a dar imenso gozo e prazer estar a viver esta minha nova experiência. Contudo é uma corrida muito dura e séria.
Optei por um ritmo calmo, quero aprender essencialmente a navegar neste meu primeiro ano. Quero vir mais vezes, e para tal quero a prender essencialmente a navegação, conseguir ler o terreno, ver qual é o perigo que se esta a aproximar, que perigos existem no deserto, o que está por debaixo da areia.
Em Portugal consigo ler muito bem o terreno, devido ao número de quilómetros que já lá fiz, mas aqui é bem diferente, por isso optei por um ritmo não muito forte. Cada dia estou a perceber melhor como navegar.
O meu objectivo continua a ser chegar a Dakar e se possível nos 20 primeiros da classificação geral. ”

Pedro Oliveira – “Este Dakar ficou pautado pelo uma experiência nova em Marrocos, no meu entender mais duro que a Mauritânia, onde para mim o mais difícil foi superar o frio que se fazia sentir pela manhã. Eram pistas muito duras e traiçoeiras. Muito perigoso, que condiciona muito quer os pilotos fisicamente, quer a mecânica das motas.
Gostei muito da Mauritânia com pistas rápidas e largas. Tive também a minha experiência em dunas, que gostei muito.
Em Portugal gostei muito da 1ª especial em areia, era uma etapa ao meu gosto, mas a do Algarve era muito perigosa, escorregadia, com ravinas grandes onde se podia comprometer esta corrida. Andei um pouco mais rápido devido ao imenso público que estava presente a puxar sempre pelos portugueses.
Estava preparado para o resto desta prova. Ontem foi com muita tristeza que abandonei à 7ªetapa, num dia especialmente duro não só pelo meu abandono, mas também porque foi uma aventura ir buscar a mota ao meio de deserto durante a noite até as 4 horas da manhã, alugando um carro para esse efeito, pois não queria arriscar a ficar sem a mota.
Em conclusão e apesar do meu abandono à 7ª etapa, foi uma experiência muito positiva, deu para perceber muitas coisas que estão por detrás da corrida, toda a logística e preparação. Aprendi muito neste Dakar.
Como recordação levo a minha queda na primeira curva da especial do Algarve e o frio de Marrocos. ”

Bianchi Prata, 2007-01-14
 
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