Na 106ª posição das 187 equipas auto que saíram de Lisboa “Chegar a Dakar, dentro do Senegal, é menos fácil do que muita gente imagina! ”, exclama Mário Ferreira, minutos após instalar a tenda no bivouac, próximo de Tambacounda.
“Vai-se a 120km/hora e de repente, no meio do caminho, surgem buracos do tamanho do carro, que podem deitar tudo a perder”, acrescenta José Carlos Sousa. A equipa laranjinha acabara de concluir a antepenúltima etapa do gigantesco esforço que tem sido cumprir o Euromilhões Lisboa-Dakar 2007.
“Arrancamos na cauda do pelotão de automóveis, o que significa que acabámos por andar entre os camiões que nos seguem e nos ultrapassam. E isto é muito duro. Requer a maior atenção, no meio do pó, para evitar colisões ou saídas de pista”, diz o piloto, que conclui:
“A etapa de hoje atravessava muitas populações, mas bem vedadas e sinalizadas. Ao que dizem, apesar de ser imprescindível andar muito concentrados na condução, para evitar surpresas, a passagem nesta região, este ano, foi mais acautelada”.
Mário Ferreira e José Carlos Sousa, os rookies mais rookies que andam no rali, vão sair amanhã de manhã, para Dakar, 14ª etapa e penúltima da prova, na 106ª posição, depois de ter obtido o 93º lugar à chegada a Tambacounda.
Um percurso total de 576km, constituído pela ligação inicial de 124km, a que se segue a especial com 225km, sendo feita a ligação final com 227km. Após isto, ficarão a faltar apenas 93km, de um total a rondar os 8 mil a que se dispuseram à saída de Lisboa.
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