Ruben Faria quer treinar durante todo o ano para regressar em 2008 mais forte ao Rali Euromilhões Lisboa-Dakar O piloto algarvio, que, depois de vencer a primeira etapa do rali, se viu obrigado a desistir oito dias depois devido a uma avaria na sua Yamaha, assistiu hoje à etapa de consagração pela televisão, na sua casa no Algarve, mas diz-se completamente empenhado no reforço do projecto SPEDakar.
“Este ano duas coisas não me permitiram alcançar os meus objectivos no Dakar: o azar, que não conseguimos controlar, e a falta de tempo que tive para conhecer a mota. Recebi-a próximo do Natal e quando iniciei o rali ainda não a conhecia o suficiente”, explica.
A maior parte dos problemas que encontrou em prova, refere, “deveram-se a pequenas avarias que surgiam e que são normais nas duras condições que encontramos, mas que eu não sabia identificar a tempo, devido à falta de experiência com a moto”.
A sua perspectiva, agora, é “preparar o próximo ano, de maneira a que estes dois factores não se juntem novamente” e, para isso, “há que começar já a olhar em frente e pensar que, no próximo ano, tenho de reunir as condições para que possa chegar a Dakar e chegar muito bem classificado”.
Depois da vitória e de um segundo lugar conquistados em Portugal, uma queda que provocou sérios estragos na sua Yamaha logo à entrada em África, puseram em causa a continuidade da boa prestação do piloto da Algarve SPEDakar Team.
Com uma séria desvantagem em relação aos restantes pilotos e partindo no meio do pó, Ruben faria viria a protagonizar, no dia seguinte, no crono entre Er Rachidia e Ouarzazate, uma brilhante recuperação que o levou a terminar na 28ª posição. E, na etapa seguinte, entre Ouarzazate e Tan Tan, terminaria na sexta posição com uma fabulosa exibição. A subida na tabela classificativa continuou até à oitava etapa, entre Atar e Tichit, onde se viu obrigado a desistir.
“Sei que podia ter feito muito, até pela quantidade de pilotos de fábrica que andavam atrás de mim. Mas o Dakar é mesmo assim” diz, relembrando que o seu objectivo era estar entre os 10 primeiros.
Elogiando a dedicação e o profissionalismo da equipa técnica da Algarve SPEDakar Team – “foram incansáveis”, faz notar –, Ruben Faria aponta baterias aos treinos em África com a sua Yamaha, para melhor enfrentar novo desafio no mais duro rali do mundo.
Nuno Mateus foi 28º no Lago Rosa
O único piloto da Algarve SPEDakar TEam a chegar a Dakar, Nuno Mateus, terminou a etapa de consagração, disputada esta manhã em torno do Lago Rosa, em 28º, a 01m33s do vencedor do dia Janis Vinters.
O final do rali foi particularmente doloroso para o piloto algarvio, que se viu confrontado com uma lesão na mão direita, a piorar de dia para dia. A determinação de concluir o rali, levou-o a ser muito prudente a terminar a prova em 32º da geral, a terceira melhor classificação da frota portuguesa em motos, e em sexto na classe Produção +451cm3.
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