O sonho morreu em Belém Não é fácil digerir a decisão dos responsáveis pela A.S.O. depois de tantos sacrifícios feitos por todos os elementos ligados à Pró TT. O sonho de uma carreira desportiva, que poderá não ser repetido, morria antes de começar a grande aventura.
“Mataram o sonho de uma vida! Depois de tantos sacrifício económicos feitos, este desfecho acaba por ser trágico”, afirma inconformado José Pereira.
O responsável pela Pró TT não consegue ainda analisar a situação de uma forma fria e clara, mas os “estragos” foram profundos.
“Ainda não consigo quantificar os prejuízos que tive, mas o balanço é altamente desastroso. A decisão dos franceses não me parece ser a mais correcta, pois uma organização gigantesca como esta deveria prever outras soluções. A tão falada falta de segurança na Mauritânia deveria ter originado há muito outras opções, apesar das constantes garantias dadas pelos responsáveis mauritanos”, desabafa José Pereira.
O ambiente que se vive na equipa deixa transparecer alguma indignação pela solução encontrada pelos organizadores.
“Esta foi essencialmente uma resolução política. Os franceses renderam-se às ameaças feitas à segurança da prova. Tudo isto ainda me parece irreal e pode comprometer a credibilidade para projectos futuros”, afirma desiludido, Rui Fernandes.
Para esta equipa de autênticos “carolas” que ia fazer a sua estreia na maior prova de TT do mundo, este acabou por ser um desfecho inglório. Os inúmeros prejuízos sofridos pela Pró TT não podem ser comparados a nenhuns outros, fragilizando exclusivamente o esforço feito por José Pereira e Rui Fernandes, que não sabem se terão outra oportunidade para realizar o sonho das suas vidas.
|