“O que aconteceu é uma profunda desilusão” Foi com tristeza que Ricardo Leal do Santos assistiu ao anúncio da anulação do Lisboa_Dakar 2008, devido a razões de segurança. No final da leitura do comunicado por parte de Etienne Lavigne, director do Lisboa-Dakar, o piloto do Pioneer Solo Desert Team confirmou que “o que aconteceu foi uma profunda desilusão.” Ainda para mais num ano em que “tinha reunido as melhores condições de sempre: uma assistência de qualidade, um extraordinário carro e uma grande vontade de fazer um bom resultado,” sublinhando que “toda a equipa está triste com a situação, pois apostámos muito na edição deste ano do Lisboa-Dakar.”
Os problemas de segurança não são novos na prova, mas “nunca tão graves como agora” lembrou Ricardo Leal dos Santos. Por isso, o piloto acredita que “a organização tomou a melhor decisão”, e que o sucedido não será “o fim do Lisboa-Dakar”. Lúcido e atento, lançou uma ideia curiosa; “poderíamos continuar com a corrida, cumprindo o percurso até Smara, regressando a Portugal pelo mesmo trajecto. Seria um Dakar tipo «sprint» que poderia ser interessante e abrir novas perspectivas para a prova.”
Para o piloto apoiado pela Pioneer, Cetelem, Berner, Delta Q e Valvoline, fora de questão está o abandono da competição todo-o-terreno. “Temos um projecto bem estruturado, há mais provas e campeonatos para disputar e com a nossa postura profissional e séria e os meios colocados à nossa disposição, nomeadamente o excelente BMW X5 CC, o Pioneer Solo Desert Team vai continuar a marcar presença no todo-o-terreno.”
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