Novo cenário, a dureza de sempre

Depois de uma calorosa recepção em Buenos Aires, com meio milhão de espectadores, a caravana do Dakar lançou-se finalmente à aventura. Hélder Rodrigues confirmou a sua actual boa forma na primeira etapa e foi um dos resistentes do dia.

Em ano de aniversário, o cenário mudou radicalmente, mas a dureza mantém-se. É essa a opinião de Hélder Rodrigues (hoje) à chegada da primeira etapa do Rali Dakar Argentina-Chile 2009: “Todos estávamos com uma grande expectativa em relação ao percurso, mas quem esperava facilidades enganou-se. Foram quase 800 quilómetros com a dureza habitual, em pisos rolantes de terra e areia!”.

Entre Buenos Aires e Santa Rosa de la Pampa foram cumpridos exactamente 733 quilómetros, 371 dos quais em competição e os restantes em ligações. Rodrigues partiu confiante: “andei sempre muito tranquilo e adaptei-me bem ao traçado, que tinha muitas rectas e pouca navegação. Encontrei logo o meu ritmo e a prova disso é que rolei com naturalidade no topo da corrida, chegando a ser quinto da geral”. Tal como aconteceu a muitos outros motards neste arranque do Dakar – o piloto oficial David Casteu foi uma das primeiras vítimas - os pneus condicionaram a prestação de Hélder Rodrigues, que ainda assim se mantém forte na caravana: “furei o pneu de trás e tive que fazer o último terço da etapa quase parado. Mesmo assim, tive sangue frio e não perdi muito tempo. Sei que ainda é cedo e tudo está em aberto!”. Do quinto para o 16º lugar da classificação geral, Rodrigues mantém as suas ambições intactas: regressar a Buenos Aires entre os primeiros.