Ultrapassou 15 camiões e 35 carros – 400 kms a “comer” póO atraso verificado na etapa de ontem obrigou Elisabete Jacinto a ter hoje um dia marcado pela enorme nuvem de pó que carros e camiões levantam, ela que, ao longo dos quase 400 quilómetros de sector selectivo, ultrapassou nada mais nada menos que 15 camiões e 35 carros. Apesar do sacrifício, a piloto do Team Oleoban MAN Portugal viu os seus esforços recompensados e subiu quase 10 posições, estando agora na 21ª posição, embora absolutamente convencida de que, partindo mais à frente para a próxima etapa, pode melhorar significativamente os seus resultados. Terminada este 4º dia de corrida, Elisabete Jacinto não só ocupa uma excelente posição entre os camiões, como supera todos os seus compatriotas da competição auto.
“Era uma etapa bastante engraçada, mas em que fui forçada a sofrer bastante, já que poucos foram os minutos em que não “viajámos” atrás de uma nuvem de pó”, referiu Elisabete Jacinto, que acrescenta:
“Mesmo com o sentinel, muitos são os concorrentes que não têm o comportamento correcto que se lhes exige e demoram uma eternidade até nos deixarem passar. Isso cria situações muito complicadas e até, por vezes, alguns acidentes. Felizmente que connosco está tudo bem e estou muito feliz por amanhã poder voltar a partir mais à frente. Espero conseguir recuperar mais alguns lugares e melhorar a nossa classificação”, salientou a piloto.
Amanhã entre Neuquén e San Rafael terá lugar o teste mais importante da primeira semana. A grande quilometragem (506 cronometrados) obrigará os competidores a manter um nível de concentração constante. Os pilotos também serão confrontados com as primeiras dunas. Grandes trechos fora da pista vão alternar-se com partes muito mais técnicas, na subida dos rios. A Cordilheira dos Andes ocupa o horizonte. |