“Sempre acreditei que era possível”, começou por dizer Martine Pereira logo após a chegada ao final dos últimos 227 quilómetros da especial da derradeira etapa do Dakar. O dia de hoje “obrigava” a um andamento mais moderado, de forma a não deitar por terra todo o trabalho de doze longas e duras etapas: “arriscar seria um risco maior e, arriscar o quê. O resultado estava feito e, o objectivo cumprido. Quando saímos de Buenos Aires no dia 3 de Janeiro, só queríamos cá voltar quinze dias depois! Conseguimos, esta foi a minha maior aventura desportiva. Talvez numa próxima oportunidade possa fazer muito melhor, senti-me muito à vontade nas maiores dificuldades do percurso” adiantou Martine Pereira que teve a seu lado José Marques, um navegador: “muito profissional e com muita experiencia”.
Para o “rookie” de Famalicão esta ultima tirada desenrolou-se sobre alguma apreensão, face aos últimos problemas eléctricos no Toyota: “Só queríamos terminar. Os últimos quilómetros foram de suspiro, depois de inúmeros problemas eléctricos nas três últimas etapas, problemas esses que os técnicos da Toyota não conseguiram detectar. O percurso era estreito e rolante, por isso não arriscamos e limitamo-nos a cumprir com a missão. Isto do Dakar é como dizem os mais experientes, é duro e muito duro!”
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