A primeira etapa do rali foi mais complicada que o previsto para os camiões que tiveram de serpentear com as sua volumosas carroçarias e avultado peso, por caminhos estreitos e sinuosos da região de Córdoba. A tripulação do KH-7 Epsiolon Team sabia que era um dia que recomendava prudência, dado que o piso estava húmido e escorregadio, condições nada favoráveis para os elefantes motorizados do Dakar.

De facto a organização da prova decidiu retirar 50 quilómetros do traçado por excesso de lama e água, fruto das chuvas intensas que cairam durante a semana. “Há uns dias atrás chegou a correr o boato em Buenos Aires de que esta etapa corria o risco de ser anulada, mas acabou por haver tempo para que secasse uma parte significativa do terreno para que se pudesse passar”, comenta Juventeny.

Em pista o piloto do MAN com o número 511 conseguiu encontrar o difícil equilíbrio entre ser veloz e manter-se direito sobre uma superfície que “às vezes parecia uma pista de patinagem em que a traseira do camião não parava de rabiar”, acrescenta Fina Roman.

Tudo corria bem até que cinco quilómetros depois de passar o CP1, o KH-7 Epsilon encontrou dois camiões (com o número 509 e 512) tombados no meio da pista o que, segundo José Luis Criado, “nos fez perder mais de meia hora”.

Para prosseguir a equipa catalã teve de subir por um morro mas já se tinham escapado muitos minutos. Agora falta conhecer a decisão da direcção da corrida sobre o tempo perdido com este incidente. Se o juizes considerarem que nesse ponto se neutralizou a corrida – tal como informaram inicialmente – ser-lhes-á descontado o tempo que estiveram parados. Caso contrário será contabilizado o tempo total, demora incluída. Neste caso somarão um tempo de 3 horas e 48 minutos que os colocará provisoriamente na 36ª posição, a 1 hora e 12 minutos do primero camião.