Marcar posição apesar das contrariedades Hélder Rodrigues viveu hoje um dia muito complicado na mais longa especial do Dakar até ao momento: uma queda provocou uma avaria na sua Yamaha WR 450 e limitou a sua prestação. Mesmo assim, o 14º tempo na 7ª etapa permite-lhe manter o 3º lugar da geral – o que é já um feio inédito para um piloto luso.
Foi verdadeiramente a tempestade antes da bonança. Cumprida uma imensa especial – a mais longa até à data – com cerca de 600 quilómetros demolidores entre Iquique e Antofagasta, o Rali Dakar Argentina-Chile chegou a meio. Para trás ficaram sete dias e um total de 4.666 quilómetros, num desafio extremo que o piloto Hélder Rodrigues superou com brilhantismo. Até hoje nenhum outro piloto português conseguiu chegar a esta fase da prova numa posição tão destacada. “Chegar ao meio do Dakar em terceiro da geral é mesmo a concretização de um sonho”, confessou Rodrigues no final da 7ª etapa.
Embora com um final feliz, esta etapa revelou-se uma missão quase impossível para o motard luso, que sofreu uma queda ao quilómetro 380: “Cai devagar e não me magoei, mas o punho do acelerador partiu-se e por momentos temi o pior. Para continuar tive que fazer mais de 200 quilómetros a puxar o cabo do acelerador o que me atrasou muito. Mesmo assim estou feliz por ter conseguido chegar e por poder continuar a lutar pelo meu sonho – um lugar no pódio do Dakar”. Rodrigues mantém-se em 3º da geral, a 1h20’08’’ do líder Cyril Despres.
Amanhã a caravana do Dakar cumpre o tradicional dia de descanso em Antofagasta, numa altura em que o número de desistentes ultrapassa já a centena de concorrentes (136).
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