BMW X5 abre pista entre os 4x4 clássicos

Quando faltam apenas três etapas para o final do Dakar Argentina Chile 2010, Ricardo Leal dos Santos continua a mostrar todo o seu valor, liderando o pelotão dos pilotos que seguem imediatamente atrás das máquinas das quatro “super equipas” presentes na edição deste ano. Hoje, na 11º etapa, que levou os concorrentes do Chile para a Argentina, ligando Santiago a San Juan, o piloto do Pioneer Desert Team Delta Q registou o 15º tempo, marca uma vez mais apenas superada, por pilotos das equipas Volkswagen, BMW, Mitsubishi e Hummer.

“A etapa de hoje era perigosa. Tinha uma descida de montanha complicada com mais de vinte quilómetros, andávamos muito tempo no leito seco de um rio e o resto do percurso tinha muita pedra e mau piso”, salienta Ricardo Leal dos Santos que acrescenta: “Nas últimas etapas temos sido o primeiro 4x4 tradicional a abrir a pista e isso exige muita concentração e impede-nos de cometer erros. É normal que um piloto que venha atrás se guie pelas marcas deixadas pelos carros da frente. Zonas de travagem, saídas de estrada, trajetórias, etc. servem-nos de referência. Com os carros que seguem à nossa frente isso é impossível. Se passasse como eles passam e por onde eles passam, já estaria há muito tempo fora de corrida. Hoje haviam vários degraus com mais de dois palmos de altura em que capotava se passasse a fundo como eles. É impossível comparar o meu X5 que se estreou no Dakar de 2002, com o que aguentam essas máquinas, isto para além da capacidade que as suas estruturas têm para renovar os carros ao final de cada etapa. Não consigo entender como pilotos dessas equipas possam querer ser considerados privados. Não há nada nessas “super estruturas” de privado”.

Amanhã a 12º etapa do Dakar Argentina Chile liga San Juan a San Rafael e compreende um sector selectivo de 476 quilómetros.