Descida na tabela de classificaçõesQuando tudo indicava que a jornada europeia do Dakar se ia resumir a um longo mas calmo passeio, servindo, para a adaptação de Elisabete Jacinto às modificações introduzidas no seu camião Mercedes, após os treinos desenvolvidos em Marrocos, eis que a etapa de hoje a fez a sofrer como há muito não sofria.
Mais calma, e já na fila de embarque para a Tunísia, a piloto Trifene 200 explicou o que se tinha passado: «Pouco depois do arranque para a especial desta 3ª etapa, a barra da direcção cedeu sem que tenha havido qualquer motivo para que isso tenha acontecido. Já tentámos encontrar alguma explicação e o David ainda não encontrou numa razão para isso. O certo é que ele pôs mãos à obra e mostrou que é um excelente profissional, gastando pouco mais de meia hora para trocar a peça. O pior é que, daquelas agora já não há mais e por outro lado a direcção ficou muito mais pesada. Penso que poderemos resolver isso mais tarde, mas por momentos pensei que o Dakar tinha acabado ali e estava a custar-me muito. Foi um susto dos grandes» salientouElisabete Jacinto que, com o tempo perdido, desce alguns lugares na classificação geral dos camiões, mas «isso é o que menos me importa. Muito mais tempo irá ser perdido em África quando tivermos que parar para ajudar concorrentes, ou pelas dificuldades do percurso. O que eu agora sei bem é que vida de camionista é dura. Já estamos quase no final da tarde e ainda nem almocei. Segundo ouvi dizer, a organização tem uma paella gigante para distribuir pelos concorrentes. Espero que seja mesmo grande, porque a fome é enorme».
Hoje a caravana do Dakar embarca rumo à Tunísia onde a competição recomeça no Domingo.
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