7000 duros quilómetros até ao EgiptoDunas, poeira, cansaço, sono, fome e sede. A partir de agora vai ser a rotina dos participantes da maior aventura do mundo. A caravana do rallye Dakar desembarcou esta manhã de domingo no porto de Tunis, na Tunísia, para dar inicio aos 7.000 quilómetros restantes até a cidade de Sharm El Sheikh, no Egito.
Até lá, um simples banho será artigo de luxo. O chão duro do deserto e a tenda vão substituir os hotéis confortáveis da Europa. Para comer não há mesa nem cadeira e a única alternativa é sentar no chão. Outro adversário implacável será o frio, principalmente no deserto da Líbia. Na madrugada a temperatura cairá para alguns graus abaixo de zero.
Mesmo assim, com tantos sacrifícios, o Telefónica-Dakar 2003 conta com o maior número de inscritos dos últimos 15 anos.
A vitória da etapa de hoje brilhou a Nani Roma, depois de ter sido anunciado como vencedor o seu colega de equipa. Um problema técnico nas comunicações dos tempos de chegada obrigou a uma verificação manual, tendo os comissários rectificado o tempo a Isidre Esteve.
Com esta rectificação Isidre desce para a 20ª posição da geral, enquanto Nani Roma, em KTM bicilindrica, acolhe o melhor tempo na especial de 25 quilómetros cronometrados, numa etapa de 463 quilómetros.
O brasileiro Jean De Azevedo (KTM nº25) venceu a categoria Maratona ao cruzar a meta na segunda posição com menos 02’’ que Richard Sainct, terceiro classificado e líder do rallye.
Menos sorte teve o espanhol Garcia Mochales foi vitima de uma queda, provocando-lhe dupla fractura num braço. O piloto nº129 foi evacuado de helicóptero até Tunis. |