Dakar 2004 Um dia acreditou que poderia competir de moto, quis ser campeã e triunfou de forma impar.
Sonhou com uma participação no Dakar e venceu a Taça das Senhoras.
Sentiu-se capaz de guiar um camião e aceitou o desafio.
Com a tenacidade, agarra e oempenho que sempre caracterizaram todas as suas participações no Dakar, Elisabete Jacinto tem agora pela frente um novo e imenso desafio.
Um dos mais importantes construtores mundiais, a Renault Trucks, num projecto de natureza ibérica, acreditou que ela será capaz de fazer história e, para o Dakar 2004, a piloto portuguesa parte com todas as condições para cumprir essa meta. Encontrará todavia pela frente as enormes dificuldades de uma prova que, ano após ano, deixa pelo caminho alguns dos seus mais ambiciosos e famosos participantes.
A grande meta de ser a primeira mulher a terminar a mais mítica prova mundial de todo-o-terreno, vai encontrar por certo muitos obstáculos, mas o brio e o profissionalismo que Elisabete Jacinto sempre colocou em todos os seus projectos, encontra agora na Renault Trucks um parceiro ideal.
Juntos começam desde já a preparar-se para atingir vitoriosamente o Lac Rose a 18 de Janeiro de 2004.
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5 dias de intensos treinos no Terródromo de Arraiolos
A primeira fase de preparação de Elisabete Jacinto, para o Dakar 2004, arrancou esta semana, com sessões intensivas de condução aos comandos de um Renault Kerax 6x4, no Terródromo de Arraiolos.
Longe de qualquer tipo de aproximação a um camião de competição “estes treinos tiveram como objectivo rodar em terra, habituar-me à caixa de velocidades que é idêntica à do Kerax 4x4 e ter a meu lado um instrutor experiente na condução de camiões, para me impedir de criar vícios e aprender, na condução defensiva, a dominar o camião nas mais diversas circunstancias”.
Apesar no calor intenso que se fez sentir ao longo de toda a semana, Elisabete Jacinto aproveitou ao máximo esta primeira fase de testes, com vista à sua próxima participação no Dakar 2004, onde será piloto oficial da Renault Trucks, num projecto de natureza ibérica que visa ter, pela primeira vez, uma mulher a terminar a mítica prova africana, aos comandos de um camião.
“Foram testes importantíssimos. Ao rodar, e fiz centenas de quilómetros, ganha-se cada vez mais à-vontade e tenta-se naturalmente ir mais e mais depressa. Havia naturais limitações do camião que não tinha uma suspensão apropriada para um ritmo muito forte nas condições de dureza em que estava a pista mas é certo que estou muito mais confiante, aprendi muito desde a forma de o colocar em curva, aos balanceamentos e escorregamentos, aos limites de travagem e graças à minha preparação física, que não descurei desde o tempo das motos, consegui fazer várias horas de condução sem quebras. ”. |