Portugueses rodavam nos 20 primeiros quando sofreram azar Numa etapa muito rápida, a verdade é que o azar voltou a “bater à porta” da dupla Paulo Marques/Bernardo Villar nesta 12ª etapa do Telefónica – Dakar 2004, que ligou Bobo Dioulasso a Bamako, num total de 666 km, dos quais 213 foram disputados contra o cronómetro.
Uma das rodas do Nissan Patrol GR saltou e acabou por hipotecar as excelentes hipóteses da dupla lusa, a única equipa lusa a alinhar nos automóveis, de terminar entre os 15 primeiros, dado que à passagem por CP2, o derradeiro controle antes do final, ocupavam a 17ª posição na especial.
“O dia começou realmente muito bem. As características rolantes da etapa de hoje, bem ao estilo das tiradas de ralis, eram-nos muito favoráveis, de tal forma que conseguimos efectuar um tempo magnífico à passagem pelo segundo Controlo Horário”, começou por afirmar Paulo Marques que hoje desempenhou a função de piloto. “Como tem acontecido em todas as etapas, voltámos a ser tocados pelo azar a 20 quilómetros do final da especial. Uma das rodas do Patrol saltou e isso fez-nos perder muito tempo, porque tivemos de recorrer aos parafusos das outras rodas dado que os que cederam ficaram inutilizados”, explicou o “Marquês”, com um natural amargo na voz, que hoje ficou-se pela 63ª posição na etapa, sendo a equipa, 32ºs à geral.
“O mais importante é que o carro não sofreu nada e nós continuamos em prova. Amanhã há mais e ainda temos muitos quilómetros pela frente para fazer um brilharete”, rematou Paulo Marques, sem se esquecer de, em seu nome e também de Bernardo Villar, mandar um “grande abraço para todos os que em Portugal têm torcido por nós.”
Para amanhã estão agendados mais 734 km, dos quais 478 são disputados contra o cronómetro, ligando Bamako a Ayoun el Atrouss, num percurso sinuoso e exigente em termos de navegação, mas ao longo do qual não faltam zonas bastante rápidas, factor que a dupla lusa pode aproveitar para recuperar o tempo perdido hoje.
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