Elisabete entra na história do Dakar

Depois de em 2000 ter triunfado na Taça das Senhoras em moto, Elisabete Jacinto acreditou que era capaz de terminar o mítico Rali Dakar aos comandos de um camião.

Após uma primeira experiência efectuada no ano passado, três meses após ter completado o respectivo exame de condução, a piloto portuguesa não só ultrapassou essa promessa, como terminou a edição 2004 no 26º lugar absoluto, entre os 63 camiões que partiram de Clermond Ferrand e os 39 que chegaram a Dakar.

Um feito que entra para a história da prova, associado a outro não menos importante já que pela primeira vez um piloto junta no seu palmarés, participações coroadas de êxito no Dakar, seja aos comandos de uma mota como ao volante de um camião.

Um êxito de que Elisabete se orgulha “até porque, e a opinião é unânime, este foi um Dakar dos mais duros de sempre. Felizmente fui capaz de ultrapassar todas essas dificuldades e apenas sinto a mágoa de saber que poderia ter obtido resultados bem melhores. Poderá ser defeito, ou feitio meu, mas sou uma lutadora e para mim só faz sentido entrar neste tipo de competições para levar as minhas capacidades até ao limite. Nas motos só podia contar comigo, mas aqui não estava sozinha. Não fomos felizes na escolha da equipa, mas isso é uma situação que está ultrapassada e para o próximo ano haverá muito mais rigor nessas opções. Estou feliz porque pude contar com uma excelente máquina. O meu Renault Kerax, embora muito próximo do veículo de série, não se ressentiu da dureza da prova. Estou certa de que é também uma vitória para este projecto Renault Trucks e sei que posso contar com eles para o seu desenvolvimento e no futuro vir a lutar por posições muito melhores. Tenho perfeita consciência, e já o provei, que os bons resultados nos camiões estão ao meu alcance ”.