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Dakar 2005

 
 
História do Paris - Dakar

A história da mítica prova do Paris-Dakar, remonta a 1977, ano em que o piloto francês Thierry Sabine se apaixonou pelo deserto. Nesse ano, Sabine participava no Rally Abidjan-Nice em moto e perdeu-se no deserto do Sahara.
Há cerca de 28 anos atrás, não existiam sistemas de GPS ou estruturas de apoio como as que existem na actualidade. As buscas para tentar encontrar o desaparecido piloto no deserto foram concluídas, sem sucesso, ao cabo de 3 dias. Mas Thierry continuava vivo e perdido no deserto, com poucas esperanças de sobreviver por muito mais tempo. Apesar de tudo, a sorte ainda não havia abandonado o piloto. Quando as perspectivas de sobreviver já eram quase nulas, um pequeno avião monomotor avistou Sabine, salvando-o de um destino quase certo.
Apesar de todo o sofrimento por que passou perdido no deserto, Thierry Sabine adquiriu daquela experiência uma paixão intensa pelo deserto. Toda a travessia daquele troço transmite fortes emoções e foram estas emoções que o piloto francês quis transmitir aos seus colegas pilotos e ao mundo. Desta vontade nasceu aquela que hoje é a prova rainha, naquilo que se entende por aventura em Todo-o-Terreno. O maior rali do mundo tinha como objectivo atravessar África, partindo de algum ponto da Europa.
A largada da primeira prova do projecto deste jovem aventureiro aconteceu a 26 de Dezembro de 1978. 170 participantes partiram da Place du Trocadero, frente à Torre Eiffel, com o objectivo de chegar a Dakar. Apenas 69 aventureiros completaram a travessia desta prova que ficou para sempre conhecida como “Paris – Dakar”, os nomes das cidades de partida e chegada da primeira edição.
Neste ano, carros, camiões e motas correram numa mesma categoria, vencendo o francês Cyril Neveu, aos comandos de uma Yamaha XT 500. Só a partir de 1980 foram divididas as categorias de carros, motos e camiões. A “Paris – Dakar” tornou-se reconhecida nos quatro cantos do Mundo como a maior prova off-road jamais percorrida.


'Um desafio para os que vão; um sonho para os que ficam' – Thierry Sabine


1979 – 26 de Dezembro de 1978
Aconteceu a largada do primeiro Dakar, na Place du Trocadéro, em frente à Torre Eiffel, na capital francesa. Cento e setenta concorrentes partiram para a aventura num percurso de 10.000 quilómetros que passava por França, Espanha, Argélia, Niger, Mali e Senegal.
Nesta primeira edição motos, carros e camiões competiram numa categoria única. O campeão foi o jovem piloto Cyril Neveu, aos comandos de uma Yamaha XT500.

1980
Percurso: Paris – Alger – Dakar (10. 000 km)
O Dakar obteve imediatamente um grande sucesso e constituiu uma paixão tanto para os competidores como também para os organizadores. As grandes marcas participantes naquele ano foram a Yamaha, Volkswagen, Lada e BMW. Cyril Neveu ganhou pela segunda vez consecutiva com uma Yamaha. Na recém-criada categoria carros, Freddy Kotulinsky e Luffelman, em Volkswagen, foram os vencedores. Nos camiões Ataquat/Boukrif/Kaoula arrecadaram a vitória para a marca Sonacome.

1981
Percurso: Paris – Alger – Dakar (10. 000 km)
Se o ano da primeira edição do rally foi sem dúvida o mais marcante, 1981 foi o mais emocionante. A prova atraiu multidões. O embarque dos veículos para a África foi um espectáculo à parte. Todos os tipos de veículos estavam presentes na largada (4x4, buggies, side-cars), alguns inesperados como, o Rolls-Royce de Thierry de Montcorgé ou o Citroën CX de Jacky Ickx e de Claude Brasseur.
“Reunir” era a vontade de Thierry Sabine, mas “prudência” também era a palavra de ordem como mostra Michel Merel. “A pista é como o mar, não se brinca com ela”. Hubert Auriol, venceu a prova na categoria moto com um BMW e a lenda começava a ser escrita. A dupla Metge/Giroux, de Range Rover, foi a vencedora nos carros.

1982
Percurso: Paris - Alger – Dakar (9. 393 km)
A largada foi dada no Place de la Concorde, em Paris. 382 competidores estavam presentes no início da prova, isto é, mais que o dobro em 1979. Os irmãos Marreau, conhecidos como “as raposas do deserto”, venceram com um Renault 20.
Cyril Neveu continuava a crescer. Ele venceu o Dakar com uma moto Honda e deu ao grupo japonês a primeira de várias vitórias. A edição foi marcada pela presença do filho da primeira-ministra inglesa Margareth Thacther, que se perdeu durante a prova.

1983
Percurso: Paris – Alger – Dakar (10. 000 km)
Pela primeira vez o deserto do Teneré foi cruzado pelo rali as paisagens fizeram com que todos os competidores e espectadores sonhassem, como Thierry Sabine. Mas os elementos naturais fizeram um grande estrago: apanhados por uma terrível tempestade de areia, sem nenhuma visibilidade, quarenta competidores ficaram perdidos. Felizmente todos foram salvos em quatro dias.
Estes pequenos episódios, entretanto, serviram para reforçar a lenda do Dakar e a grandiosa vitória de Hubert Auriol, que ganhou a etapa no deserto do Ténéré com mais de uma hora de vantagem para os outros competidores com uma moto BMW. Na categoria carros, a vitória ficou com a dupla Ickx/Brasseur (Mercedes). Groine/De Saulieu/Malferiol foram os melhores com camiões (Mercedes).

1984
Percurso: Paris – Alger – Dakar (12. 000 km)
Com ideia de “fazer com que os que fizeram sonhassem ainda mais”, Thierry Sabine decidiu quebrar fronteiras. Para dar à competição uma nova dimensão, ele conseguiu o impossível: o rali passou pela Guiné, Serra Leoa e Mauritânia. O número de inscrições cresceu e chegou a 427. A atenção dos espectadores ficou voltada para a corrida dos carros: Jack Ickx convenceu a Porche a inscrever uma equipa. Os grandes vencedores foram Metge/Lemoyne (Porsche), na categoria carros, e Gaston Rahier na categoria motos com uma BMW. Na categoria camiões, a vitória ficou com a dupla Lalleu/Durce (Mercedes).

1985
Percurso: Paris – Alger – Dakar (14. 000 km)
A largada foi em Versalles, cidade próxima de Paris. O Mitsubishi Pajero obteve uma excelente performance e esta foi apenas a terceira participação do carro. Patrick Zanilori e o navegador Jean da Silva escaparam de todas as armadilhas da Mauritânia e deram à marca japonesa a vitória.
Hubert Auriol deixou a moto BMW e formou a equipa Ligier-Cagiva. A marca Mercedes, na categoria camiões, sagrou-se campeã com a dupla Capito/Capito.

1986
Percurso: Paris – Alger – Dakar (15. 000 km)
O ano sombrio. O pai do Paris-Dakar, Thierry Sabine, o cantor francês Daniel Balavoine, a jornalista Nathaly Odent, o piloto do helicóptero François Xavier-Bagnoud e o técnico de rádio Jean-Paul Le Fur morreram em um acidente de helicóptero. Diz a história que na hora do acidente acontecia uma tempestade de areia.
Patrick Verdoy e Gilbert Sabine, pai de Thierry, assumiram o comando do rali. Cyrill Neveu ganhou nas motos com uma Honda e nos carros a dupla Metge/ Lemoyne (Porsche) venceu a prova. As cinzas de Thierry Sabine foram espalhadas no deserto.

1987
Percurso: Paris – Alger – Dakar (13. 000 km)
O rali sobrevive. Gilbert Sabine assume o controle da prova com a ajuda da dupla Verdoy-Metge. Metge Hoej organiza o Master Rally, que ficou famoso em 1995 quando fez o percurso Paris-Moscovo-Paris, da França até a China.
O Dakar não parou de se desenvolver, especialmente com a chegada de uma nova marca, a Peugeot. Ari Vatanen e Bernard Giroux venceram a categoria carros. Hubert Auriol, Cyril Neveu e Gaston Rahier lutavam pelo título na categoria moto. Perto da vitória, Hubert Auriol foi vítima de uma terrível queda e partiu os dois tornozelos. Cyril Neveu venceu pela quinta vez o Paris-Dakar. O trio De Rooy/ Geusens/Van ganharam nos camiões com um DAF.

1988
Percurso: Paris – Alger – Dakar (14. 000 km)
Todos os recordes batidos! Este ano, o número de participantes passou de 600. Um óptimo sinal para o rali que completava 10 anos. Devido ao terrível acidente com o protótipo DAF, cujo navegador alemão Van Loevezijn morreu, Jan de Rooy retirou a equipa da prova. Aproximadamente 100 competidores abandonaram a competição antes da etapa de El Oued, que era particularmente árdua. Ari Vatanen viu o seu veículo, um Peugeot 405 T16, roubado. Até hoje, essa história protagonizada por Vatanen gerou versões diferentes. A dupla Kankkunen/Pironen venceu nos carros com um Peugeot e Edi Orioli foi o vencedor entre as motos com uma Honda. Os checos Loprais/Stachura/Muck, de Tatra, levaram o título nos camiões.

1989
Percurso: Paris – Tunis – Dakar (10. 831 km)
Ari Vatanen teve sua vingança vencendo a prova na categoria carros com um Peugeot 405 T16. A grande novidade foi o percurso na Líbia. Neste ano, a Yamaha investiu todo o dinheiro num jovem piloto: Stephane Peterhansel, piloto de moto.
Desde a segunda etapa, a equipa Mitsubishi perde a vitória. Todas as esperanças ficaram com a Peugeot, que contabilizou o primeiro lugar no Dakar pela terceira vez. Na categoria motos, Edi Orioli ficou na primeira posição com uma Cagiva. Hubert Auriol continuou a inovar, desta vez correndo com um buggy.

1990
Percurso: Paris – Tripoli – Dakar (11. 420 km)
De volta à Líbia, os 465 competidores encontraram um deserto cheio de armadilhas. Todos as esperanças ficaram para a Peugeot, que contabilizou o primeiro lugar no Dakar pela terceira vez. Na categoria motos, Edi Orioli ficou na primeira posição com uma Cagiva.

1991
Percurso: Paris – Tripoli – Dakar (9. 186 km)
Na categoria moto, Stephane Peterhansel deu mais uma vez a vitória à equipa Yamaha. Infelizmente a euforia do resultado de Peter Hansel foi encurtada pelo trágico acidente que tirou a vida a Charles Cabanne, piloto de um dos camiões de assistência da Citroën. Nos carros, a dupla Vatanen/Berglund de Citroën foi campeã.

1992
Percurso: Paris – Cidade do Cabo (12. 427 km)
Mudança de direcção do rali. A largada foi no Château de Vincennes, e Gilbert Sabine, que queria dar uma nova “vida” à competição, decidiu mudar a chegada. O Paris-Dakar tornou-se o “Paris – Cidade do Cabo” e forneceu aos competidores um cenário de tirar o fôlego. Apesar da mudança de direcção, muita coisa não saiu como planejado: uma tempestade de areia, Chade em guerra, um rio inundado na Namíbia: os elementos naturais explodiram.
Entretanto, os problemas não impediram Hubert Auriol de obter uma incrível vitória nos carros. Na categoria moto, Stephane Peterhansel confirmou o título. Uma grande novidade também marcou este Paris-Dakar: a chegada do GPS!

1993
Percurso: Paris – Dakar (8. 877 km)
O rali volta ao seu percurso original com a largada no Trocadéro e chegada em Dakar, mas o número de inscritos não foi compatível ao número de competidores presentes na largada. Já em relação ao percurso, as dunas de El Goléa foram tão horríveis como as de Agadem ou de El Oued. Alguns competidores ficaram presos na areia. Hubert Auriol teve problemas nas dunas da Mauritânia. Bruno Saby, nos carros, e Stephane Peterhansel, nas motos, terminaram na primeira posição. Gilbert Sabine foi, mais uma vez, o director da prova. A lenda continua.

1994
Percurso: Paris – Dakar (13. 379 km)
O número de inscrições volta a subir. Gilbert Sabine e sua equipa retiram-se da organização da prova. O Paris-Dakar passa a pertencer ao grupo Amaury Sport Organisation (ASO).
O percurso marca a primeira inovação do grupo: um Paris-Dakar-Paris. Presos, os carros não conseguiram ultrapassar os 70 quilómetros de dunas da especial Atar-Nouadhibou. A equipa Mitsubishi persistiu, enquanto a Citroën, conquistou a primeira vitória. Edi Orioli venceu pela primeira vez nas motos. Loprais/Stachura/Kalina venceram nos camiões.

1995
Percurso: Granada – Dakar (10. 109 km)
A edição deste ano teve início em Granada, na Espanha, e término em Dakar. A prova durou aproximadamente 15 dias. Hubert Auriol torna-se o “chefe” do Dakar e assiste as performances de Stephane Peterhansel que, perto de abandonar a etapa de Ouarzazate, miraculosamente consegue chegar ao topo do ranking dois dias antes do término da prova. Ele foi o vencedor do Dakar. Na categoria carros, Pierre Lartigue é o vencedor e Bruno Saby terminou na segunda posição. Loprais e Stachura conquistam mais um título nos camiões.

1996
Percurso: Granada – Dakar (7. 579 km)
O mesmo percurso do ano anterior, mais competidores, a terceira vitória de Pierre Lartigue nos carros e a quarta de Edi Orioli, nas motos. Após um rali difícil, marcado pelo desaparecimento de Laurent Geugeun, piloto do camião de assistência, os vencedores fizeram parte dos “Clássicos do Dakar”.

1997
Percurso: Dakar – Dakar (8. 049 km)
Pela primeira vez a prova saiu de Dakar, para uma volta Dakar-Dakar, com passagem por Niger e pelo mítico deserto de Ténéré. Na categoria carro, a dupla Kleinschmidt-Boutaireficou em quinto lugar e foi a primeira mulher a vencer uma etapa no Dakar. Peterhansel conquistou a quinta vitória. A Shinozuka/Magne venceu entre os carros com Mitsubishi. Jean Azevedo foi campeão em motos.

1998
Percurso: Paris – Granada – Dakar (10. 593 km)
O Dakar completa 20 anos! A prova saiu de Versailles e cruzou a Espanha, terminando em Dakar. O percurso passava por muitas dunas e reencontrou nesta edição o espírito da prova: dificuldades e maratona. Fontenay/Picard venceu nos carros (Mitsubishi). Stephane Peterhansel ganha pela sexta vez nas motos com Yamaha. Nos camiões, Loprais/Stachura/Cermak foram os mais rápidos.

1999
Percurso: Granada – Dakar (9. 393 km)
Pela terceira vez na história do Dakar, a largada foi dada em Granada, na Espanha. O rali passou em seguida por Marrocos e depois pela Mauritânia. Durante a última etapa marroquina, Jutta Kleisnchmidt estava no primeiro lugar da classificação geral. Na chegada do rali a Dakar, duas marcas foram mais uma vez vitoriosas: a BMW triunfou nas motos com Richard Sainct e Jean-Louis Schlesses e Philipe Monnet venceram com um buggy 4x2. Karel Loprais, Radek Stachura e Joseph Kalina são os melhores de camião.

2000
Percurso: Dakar – Cairo (7. 863 km)
A 22ª edição ofereceu uma surpresa nos quilómetros: o rali atravessou pela primeira vez a África de leste a oeste, do Senegal ao Egito. O número de inscritos (400) traduziu o entusiasmo que gerou este percurso. A rota foi seguida pela Líbia, em direcção ao Cairo e tudo se desenrolou da melhor maneira possível. Dois vencedores ficaram célebres aos pés das pirâmides: Richard Sainct (BMW) e Jean-Louis Schelesser (carro). O russo Tchaguine ganhou com um camião Kamaz.

2001
Percurso: Paris – Dakar (10. 739 km)
A edição 2001 foi baseada no sonho de colocar em prática os valores fundamentais do Dakar. Muitas coisas mudaram, como por exemplo a decisão de reduzir a assistência aérea (mecânicos), dando ênfase à assistência na própria pista. O percurso “clássico”, de norte ao sul, permitiu à T. S. O. (Thierry Sabine Organisation), a empresa organizadora do Dakar, inovar em matéria de etapas, com muitas novidades. A vitória, pela primeira vez, foi para uma mulher: Jutta kleinschmidt de Mitsubishi. Nas motos o título foi para o piloto italiano Fabrizio Meoni, de KTM.

2002
Percurso: Arras – Madrid – Dakar (9. 436 km)
Pela primeira vez a largada do rali foi feita no início da noite, em Arras. A ideia deu resultado. A cerimónia foi acompanhada por uma multidão, que lotou a praça central da pequena cidade francesa. O japonês Hiroshi Masuoka venceu na geral dos carros com um Mitsubishi Pagero Full e Fabrizio Meoni conquistou o bicampeonato nas motos com KTM.

2003
Percurso: Marselha – Sharm Sheikh (8. 552 km)
O Dakar 2003 foi histórico e marcou o aniversário de 25 anos da competição. A prova foi difícil e estava muito competitiva devido à entrada de mais carros de equipas oficiais de fábrica. Foram 17 etapas, sendo três na Europa e 14 na África. Richard Sainct foi o campeão na geral das Motos, Hiroshi Masuoka e Andreas Schulz ganharam nos carros e Vladimir Tchaguine, Semion Yakoubov e Serguei Savostine foram os grandes vencedores nos camiões.

2004
Percurso: Région D’Auvergne – Dakar (11. 163 km)
O Dakar 2004 foi um tremendo teste na verdadeira tradição do evento, sendo que este traçado foi um dos mais duros desde há dez anos. Um Dakar muito técnico, com muita navegação que terminou em Lac Rose e não nas praias de Dakar como vinha sendo tradição. Da edição deste ano, saíram vencedores o francês Peter Hansel de carro, Nani Roma (Espanha) em moto e o russo Vladimir Tchaguine em camião.

 
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