Sábado às sete horas da manhã, António Ventura “abre” o “Lisboa – Dakar” ao arrancar do palanque situado em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, dando início a uma “aventura” que deseja que só termine na capital do Senegal.
E se sábado vai ter o privilégio de ser o primeiro na estrada, “uma situação que me honra e que espero que me traga sorte”, e acelerar aos comandos do seu Quad Bombardier da equipa HP/Cetelem Rally Raid Team, António Ventura teve de se submeter ao “sofrimento” das verificações administrativas e técnicas, que duraram mais de duas horas.
Após tão longo período de tempo em que cumpriu as formalidades necessárias à participação na prova, o piloto confessou que, “ainda não começou, mas já estou cansado depois desta maratona, das verificações”, donde saiu carregado de sacos, com material, para montar no Quad, e papeis “que vou ler, atentamente, para perceber o que tenho de fazer”.
Sendo as verificações uma inevitabilidade para quem quer participar na prova, o piloto encarou-as com tranquilidade, para no final reconhecer que “esta primeira fase está praticamente concluída, falta apenas um pequeno detalhe que não estava inicialmente previsto mas que tanto eu como todos os pilotos de quad estamos a tentar resolver. É necessário um pára-choques traseiro de protecção que apenas hoje tomámos conhecimento da sua necessidade. Fora isso, tudo correu bem. Fiquei surpreso com a quantidade de coisas que é preciso verificar, havendo algumas que implicam pequenas correcções, mas penso que já estou em condições de poder dormir descansado”, referiu o único representante português aos comandos de uma Quad.
Quanto à prova reconhece que “estar aqui é, claramente, o início da realização de um sonho, que espero só termine em Dakar, a 15 de Janeiro, pois significaria que ele tinha sido concretizado”.
Já no que diz respeito à toada a adoptar para chegar ao final, e, em particular em Portugal, António Ventura opta pela prudência, revelando que “em Portugal vou andar com cautela, dentro dos meus limites e de acordo com o que sei, para não deitar tudo a perder, tanto mais que, pelo que me diz quem já lá foi, o sentimento de que começou o “Dakar” só acontece quando chegamos a África, pelo que quero lá chegar”.
A partir de sábado, António Ventura vai concretizar o “sonho” e suceder a Rui Leal dos Santos, como o português dos Quad no “Dakar”. |