Ricardo Leal dos Santos completou esta noite a 8ª etapa do Euromilhões Lisboa Dakar cumprindo os 568 quilómetros que ligaram Atar a Nouakchott tendo gasto 9h35m13s o que lhe permitiu registar o 71º tempo, subindo oito posições na classificação geral onde ocupa a 61ª posição. Notável para um piloto, por sinal o único actualmente em prova, que desafia esta Dakar a Solo.
Mas a etapa de hoje não começo da melhor maneira para Ricardo Leal dos Santos, já que “depois de um início bastante rápido vi que de repente a temperatura do motor começou a aumentar e parei de imediato. O fumo que saía do carro não era bom prenuncio mas fui à procura do problema para o tentar resolver. Felizmente que era apenas um tubo da água que se tinha roto e lá tive eu de abrir a oficina para reparar a máquina. Voltei a colocar água porque cinco litros já tinham ido à vida e pus-me a caminho. Tive alguma dificuldade em encontrar o segundo controle de passagem mas percebi que por ali deve também ter andado muita gente à nora. Mais tarde voltei a apanhar um susto quando uma pancada metálica, seca e forte persistia na traseira do carro. Aumentou tanto que tive de parar para perceber de que se tratava até que descobri que era a pistola da pressão de ar que estava solta. A parte final da prova foi um osso mesmo duro de roer já que era muito difícil ultrapassar os concorrentes mais lentos – e com o atraso inicial passei por muitos ao longo da etapa – já que a pista levantava um pó tipo cimento que não deixava ver nada nem mesmo os buracos do percurso, mas acabei por chegar sem mais problemas ao final”.
Amanhã, em Nouakchott, capital da Mauritânia, os concorrentes e toda a caravana cumprem um merecido dia de descanso. |