Disputando o Lisboa-Dakar com o único Bowler Wildcat existente em Portugal, a dupla Lino Carapeta/Ricardo Cortiçadas, do Team Tanqueluz, tem vindo a fazer uma prova fantástica tendo em conta não só a estreia da equipa na prova como a sua pouca experiência nesta disciplina do todo-o-terreno já que a equipa era uma eximia praticante de Trial.
Na etapa de ontem, entre Atar e Nouakchott surgiram os primeiros problemas depois de sete dias em que o se mecânico quase nada teve para fazer. O início da oitava etapa até começou bem para o Team Tanqueluz, registando o 3º tempo entre os portugueses à passagem pelo primeiro controle de passagem depois de, na véspera a equipa se ter posicionado na 4ª posição da classificação geral.
Segundo Lino Carapeta, “o que aconteceu foi que depois de termos encontrado sem dificuldade o CP1 ficámos ligeiramente perdidos numa zona de dunas e optámos por seguir os traços e um dos camiões que ocupa as primeiras posições da sua categoria. Acabámos por ir dar a uma zona onde estavam vários concorrentes atascados. Na tentativa de sairmos desse local acabámos por dar um salto mais despropositado e na aterragem ficámos sem diferencial à frente. A pancada foi bastante forte e partiu-se a roda de coroa. Desmontámos a transmissão para não afectar a caixa de velocidades e viemos apenas com tracção traseira. Foi um verdadeiro calvário. Ajudaram-nos várias vezes mas acho, mais uma vez que tenho um carro fabuloso porque, noutras circunstâncias e dadas as características da etapa, a prova teria terminado por ali. Foi pena já que de facto estávamos a fazer uma prova muito certinha e, dia após dia, a melhorar na classificação geral. Perdemos agora a quarta posição dos portugueses mas continuamos ainda uns bons furos acima daquilo que, à partida, pensávamos que seria possível. Agora vamos ter calma, não desanimar com este percalço e trabalhar para chegar ao Lac Rose”. |