Piloto de Esposende motivado para continuar a subir na geral

A primeira semana do Lisboa/Dakar 2006 tem sido muito atribulada para o piloto do Team Repsol/Honda, Paulo Gonçalves, que este ano se estreia na prova de Todo-o-Terreno mais dura do mundo. Mesmo assim, e apesar de todos os contratempos, o balanço para o piloto da Honda CRF 450X é positivo.

Depois de dois brilhantes resultados nas Etapas portuguesas, onde averbou dois oitavos postos que lhe permitiram entrar em África em igual posição da geral, “Speedy” apresentou um ritmo mais conservados na primeira tirada marroquina, mas cedo teve contacto com as agruras do Dakar.

Uma vala mala sinalizada no roadbook levou a aparatosa queda na quarta Etapa quando tinha feito meros 9 km de especial. Um azar do qual o piloto de Esposende saiu apenas com um ferimento no dedo, mas do qual resultaram vários danos na sua moto. Auxiliado por Bianchi Prata, Paulo Gonçalves logrou levar a sua CRF 450X até ao final da tirada em Ouarzazate. Uma boa reparação na sua moto efectuada pelo mecânico Augusto valeu-lhe rápida ascensão na geral, 53 lugares, passando, ao mesmo tempo, para o segundo posto entre os portugueses.

Seguiram-se mais duas etapas positivas, com um 31º e 28º postos, e consequente subida para o 47º lugar da geral. A tirada de ontem foi, pondo de parte a jornada em que caiu, a mais negativa para “Speedy” em termos de resultado. Gonçalves ficou-se pela 67ª posição na Especial, ainda assim recuperou mais quatro furos na classificação geral.

“Têm sido uns dias muito atribulados, ontem, por exemplo, foi a vez dos apoios do sistema de navegação se partirem, o que me fez perder muito tempo. Aliás, não fosse isso e teria conseguido excelente resultado. Mas uma prova como o Dakar tem deste tipo de coisas e o que mais importa neste momento é que ainda estou em prova e a subir na geral”, confessa Paulo Gonçalves.

“Acho que tenho bons motivos para estar satisfeito com a minha prestação até ao momento e só posso dizer que estou cada vez mais motivado para continuar a rodar a bom ritmo até ao Lago Rosa. É precisamente com esse intuito que estou a rever com muita atenção a minha CRF 450X para garantir que está a 100% para a segunda metade da prova”, remata o piloto de Esposende.