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Fri, 17 May 2024
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Madalena Antas não passou de Atar

"Fiquei com vontade de voltar"

Forçada a abandonar por causa de uma avaria electrónica irresolúvel por parte da equipa técnica da Promotech, Madalena Antas era o “espelho da decepção” à partida de Atar, quando assumiu a desistência no Lisboa – Dakar 2006…

Numa altura em que os problemas de direcção assistida já estavam resolvidos com a aquisição e montagem de uma nova bomba, Madalena Antas encarava o percurso que tinha pela frente com natural optimismo. Afinal tinha-se adaptado por completo à Nissan PickUp Navara da Promotech, inclusivamente à caixa sequencial que tanto temia…

“Apesar de tudo o que me diziam, a verdade é que achei a Nissan PickUp, uma máquina bastante mais fácil e interessante de conduzir, que o Patrol GR. É mais leve e fácil de levar por todo o lado e a prova disso mesmo é que nunca nos atascámos, só furando uma vez, por utilizarmos os pneus RA em vez dos Guide.
É verdade que tivemos muitos problemas com a direcção assistida. Tratava-se de uma bomba que tinha um defeito de fabrico e que nos fez andar mais de 1800 Km realizando um enorme esforço, mas sempre determinados a seguir em frente. Estava bem preparada fisicamente e mesmo depois de três dias com a direcção a pesar ”toneladas”, não acusei o esforço e poderia continuar sem problemas. ”

Só que as corridas têm destas coisas e depois de um fabuloso 75º lugar na 6ª etapa, Madalena Antas e Jean Michel Polato viram o motor da Nissan parar, para nunca mais voltar a funcionar…

“Foi uma enorme decepção. Nem queria acreditar que eles não iriam conseguir colocar o motor em marcha, mas o problema deve ser ao nível das cablagens, podendo haver algum sensor que não permita o motor trabalhar…
Estava a começar a divertir-me, sempre o com o Jean Michel a indicar os melhores caminhos, com muita convicção e certeza de que não me perderia. Ultrapassar as dunas também nunca tinha sido difícil – os estágios no Dubai e em Marrocos foram muito úteis – pelo que o carro estava, como me tinham pedido, todo direitinho em Atar… Só que o motor não quis colaborar e por ali ficámos…”

Uma experiência que valeu sobretudo pelas situações e emoções vividas antes e durante a competição:

“Posso garantir que foi muito mais difícil ultrapassar os dias anteriores ao Dakar, que propriamente fazer mais de 1800 Km sem direcção assistida. O facto de partir em Lisboa trouxe-me muita pressão e estava desejosa de partir para me libertar dela. As etapas portuguesas foram um verdadeiro ”aperitivo” para as entradas em África e o prato forte da Mauritânia, que acabei por não concluir, tal como a ”sobremesa” que seria a África negra e a desejada chegada ao Lago Rosa em Dakar.
A piloto não quer encerrar o capítulo Lisboa – Dakar 2006, sem deixar de agradecer aos patrocinadores – Vodafone, Lux, Shamir Atittude e Grupótico - «todo o apoio e confiança dispensadas, assim como realçar o trabalho efectuado por Jean Michel Polato, que a acompanhou da melhor forma até Atar e ainda agradecer com um enorme beijinho à mãe – Teresa Cupertino de Miranda – todos os esforços feitos para que este sonho se tornasse possível, ainda que ficasse incompleto. ”

No regresso a Portugal, inicia-se uma nova etapa: Preparar a época de 2006 e começar já a trabalhar para voltar a participar no Lisboa-Dakar 2007.

Luís Caramelo, 2006-01-09
 
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