Disputando o Lisboa-Dakar com o único Bowler Wildcat existente em Portugal, a dupla Lino Carapeta/Ricardo Cortiçadas, do Team Tanqueluz, continuam a fazer uma prova digna das melhores referências. A 50ª posição na duríssima etapa de ontem coloca-os a 40 segundos de serem a terceira melhor equipa nacional, de entre as 19 que partiram de Lisboa logo atrás de Carlos Sousa e Miguel Barbosa.
Na etapa de ontem, entre Nouakchott e Kiffa, considerada a mais difícil deste Dakar, a dupla do Team Tanqueluz, ultrapassou quase meia centena de carros redimindo-se assim do percalço da etapa anterior, o único em toda a prova, mas que os fez partir de uma posição bastante recuada da caravana.
Uma situação que segundo Lino Carapeta “foi sendo ultrapassada ao longo da etapa, onde atascámos umas cinco ou seis vezes, mas também situações de onde saímos com alguma rapidez. Foi uma etapa onde houve alguma “guerra” dentro do carro até porque a navegação não era nada fácil, mas o certo é que ultrapassámos tudo isso com relativa facilidade e sempre dentro da estratégia de não cometer excessos. Terminámos a especial por volta da uma da manhã, chegámos ao acampamento pelas quatro e tal, às cinco fomos dormir e hoje já acordámos fresquinhos pelas nove da manhã, prontos para mais uma etapa rumo ao Lac Rose que queremos ver no próximo domingo” salienta o piloto do Bowler para quem “a preparação física que eu e o Ricardo fizemos antes do Dakar foi muito importante porque é ela que nos permite aguentar sem grandes dramas estes dias difíceis”.
Hoje, de Kiffa até Kayes, os concorrentes e toda a caravana cumprem a 10ª etapa com uma especial de 283 quilómetros que começa na Mauritânia e termina no Mali. A vegetação torna-se densa e a pista de terra, estreita e ravinosa, serpenteia através da savana. Sendo um percurso bastante rápido, irá beneficiar quem tiver a viatura em melhores condições e vontade de ganhar tempos aos adversários. |