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Fri, 17 May 2024
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Num dia complicado, Marc Coma mantém-se na liderança da classificação geral

O piloto Repsol, apesar de terminar em quinto numa difícil Etapa em termos de navegação, continua em primeiro com seis minutos de vantagem sobre o segundo. Peterhansel é o novo líder nos automóveis. Roma, quarto, completou um bom dia para a equipa Repsol Mitsubishi Ralliart

O Dakar avança vertiginosamente e após sete dias de competição, oito Etapas disputadas, e quase 5.000 Kms já percorridos – mais de metade do total a disputar -, Marc Coma mantém-se na frente da classificação geral. Depois das pistas pedregosas de Marrocos, e transposta a fronteira com a Mauritânia - “O Muro” – e o árido e inóspito deserto da Mauritânia, os pilotos podem contar amanhã com um dia de descanso, ideal para repor forças, curar as feridas e recuperar a mecânica. Enquanto a esta hora no bivouac os mecânicos trabalham intensamente a reparar e rever peça por peça a mecânica para a Etapa de segunda-feira, os pilotos tentam descansar e recuperar depois de oito dias de prova.

Para chegar a Nouakchott e ter direito ao dia de descanso de amanhã, os concorrentes tiveram de fazer hoje frente a uma Etapa muito complicada, sobretudo no que se refere à navegação. Um Way Point escondido complicou em muito a Especial para os pilotos mais rápidos – em especial no que diz respeito às motos -, que perdidos e a tentar encontrar um ponto de passagem muito escondido, viram como os restantes pilotos, os que vinham mais atrás, tiravam proveito disso mesmo encurtando consideravelmente a vantagem que os mais rápidos foram conseguindo somar ao longo dos 508 quilómetros cronometrados. Entre os mais prejudicados hoje por esta situação foram os pilotos Repsol Marc Coma, que hoje perdeu mais oito minutos, e Carlo de Gavardo, que perdeu 15 minutos. A vitória sorriu a Casteu, e Blais foi segundo, com Després a ser terceiro, que se mantém em prova apesar da aparatosa queda que sofreu há alguns dias quando o Dakar entrou na Mauritânia. Bem hoje esteve o jovem Jordi Viladoms, nono, com Giovanni Sala a ter problemas em virtude de uma queda que lhe valeu uma lesão na mão esquerda. O piloto italiano da Repsol KTM deslocou um dedo e o próprio, durante a Etapa, conseguiu minorar as consequências da lesão. O australiano Caldecott, outra boa actuação, terminou em sexto e mantém essa mesma posição da geral. Com Marc Coma primeiro, o seguinte piloto Repsol é Carlo De Gavardo, terceiro na geral, Giovanni Sala é quinto, Caldecott sexto, e o jovem Viladoms ocupa a 22ª posição.

A Etapa de hoje, oitava antes do dia de repouso, contou com um total de 568 Kms, com saída de Atar e chegada ao bivouac situado na capital da Mauritânia, Nouackchott, sendo esta a segunda Especial mais longa do rali. Tal como diz a tradição, as Etapas antes do dia de descanso são sempre duras e longas, e a de hoje não foi excepção. Depois da saída de Atar, os participantes andaram por pistas sinuosas de areia e oueds, onde a maior dificuldade residia na navegação. Uma vez superada esta zona rochosa e montanhosa, os participantes entraram em pleno deserto, altura em que vieram ao de cima os dotes de navegação entre os cordões de dunas e vários quilómetros de erva de camelo fisicamente muito desgastante.

Nos automóveis, a equipa Repsol Mitsubishi Ralliart mantém-se firma na defesa do título de campeã do Dakar depois da Especial de 508 Km de hoje entre Atar e Nouakchott, na Mauritânia. O piloto francês Stéphane Peterhansel e o seu co-piloto, Jean-Paul Cottret, saíram para a Etapa mais longa até ao momento deste Dakar, a 3 minutos e 43 segundos na classificação geral dos seus colegas de equipa, os também franceses Luc Alphand e Gilles Picard. Os actuais campeões passaram o primeiro CP a apenas 20 segundos de Alphand. Durante um traiçoeiro mar de dunas e areia, ambos os Mitsubishi tiveram dificuldades nos 240 Kms que separavam o primeiro do segundo controlo. Peterhansel primeiro e depois Alphand, encontraram a pista e fizeram o percurso até final do troço cronometrado. Peterhansel e Cottret cruzaram a meta com uma vantagem de 3 minutos e 44 segundos dos seus colegas de equipa, o que os colocou na liderança da prova. Alphand, que foi quinto, ocupa agora a segunda posição a 32 segundos do líder, quando falta disputar uma Etapa na Mauritânia que se disputará na segunda-feira entre Nouakchott e Kiffa. O terceiro classificado é Giniel de Villers, que que conta com 26 minutos e 16 segundos de desvantagem em relação a Peterhansel quando já foram disputadas oito Etapas. O francês Thierry Magnaldi foi o vencedor da Etapa de hoje e o norte-americano, Mark Miller, obteve o mesmo tempo de Peterhansel. O piloto espanhol, Nani Roma, e o seu co-piloto Henri Magne obtiveram o sétimo melhor tempo no primeiro CP e, e depois de cumprir um traiçoeiro way point no segundo sector, no segundo CP já eram terceiros. O piloto Repsol terminou com o quarto melhor tempo do dia, o que lhe permitiu subir ao quarto lugar da classificação geral.

Declarações

Marc Coma: “Hoje tivemos pouco mais de 500 km de Especial e, como as anteriores, foi uma jornada dura. Talvez não tanto como a de ontem, mas dura. Felizmente chegámos ao acampamento em boas condições. Hoje tínhamos muita pilotagem e a navegação também foi complicada, sobretudo nos primeiros 160 km entre montanhas e dunas, mas no final o deserto foi abrindo aos poucos. Cometi um erro e, por azar, perdi bastante tempo à procura de um way point escondido. Assim que o encontrei consegui recuperar algum tempo até ao final.”

Andy Caldecott: “Estou muito satisfeito por ter chegado até aqui e pelas condições em que o fiz. Perdi o sistema de navegação hoje e tive problemas para encontrar os way points. Espero que isso não me crie problemas com os comissários. Por outro lado, o terreno era bastante complicado e areia muito mole. Aleijei-me algumas vezes, mas no final consegui chegar à meta e ao dia de descanso.”

Jordi Viladoms: “Estou muito contente com o dia de hoje. Era uma jornada realmente complicada no que toca à navegação, mas segui o roadbook na perfeição. Não apliquei um ritmo muito elevado, mas como fiz uma navegação impecável, seguindo à letra as notas todas, consegui terminar a etapa em boa posição.”

Giovanni Sala: “Esta etapa que antecede o dia de descanso não correu nada mal, isto apesar de ter sofrido uma queda ao km 160. Estava a controlar o CAP do roadbook e não vi um obstáculo escondido na areia. Foi uma queda banal, mas ainda me aleijei num dedo, fiquei com uma luxação. Voltei a colocá-lo no sítio e imobilizei-o com fita adesiva juntando-o ao outro dedo. Retomei a marcha e, apesar de sentir dores nos solavancos mais fortes, continuem sem grandes problemas. Mantive-me com o grupo, mas cometemos um erro de navegação em busca de um way point escondido e perdemos algum tempo. Foi uma pena, porque o resto da etapa correu muito bem e ainda recuperámos alguns minutos. Amanhã é o dia de descanso e vou aproveitá-lo para me recompor para a outra dura etapa que se segue.”

Carlo De Gavardo: “A tirada de hoje foi mais simples que as dos outros dias, apesar de muito rápida. Passámos por muitas zonas de dunas e era importante prestar muita atenção à navegação. O Marc, o Isidre e eu rodámos juntos e, ao quilómetro 280, tivemos muitos problemas para encontrar um way point. No final encontrámo-lo, mas perdemos muito tempo e o Casteu e o Després, que vinham atrás, encontraram-no à primeira graças a nós e recuperaram muito tempo. A partir dessa altura tratamos de nos afastar, mas numa zona de dunas densas, com muito Fés-Fes, fiquei atascado e foi muito difícil tirar a moto. Acabei por perder muitos minutos e, tendo saído em primeiro, os meus rivais recuperam a diferença com que contava à partida. De todos os modos, estou contente pelo que fez o Cyril, algo de extraordinário apesar de estar lesionado. Estou muito bem depois destas oito etapas e contente com a minha prestação na prova. Agora só penso em tomar um banho e aproveitar o dia de descanso para relaxar e recuperar energias para as últimas tiradas. Ainda falta a etapa maratona e depois a paisagem muda abruptamente, pois entramos na savana africana. É aí que a prova se vai definir.”

Stéphane Peterhansel: “Ficámos atascados na areia e também sofremos dois furos. A última parte da etapa foi muito rápida, o vento era favorável e chegámos aos 196 km/h.”

Luc Alphand: “Foi um dia mau para nós. Primeiro ficámos atascados nas dunas cerca de um quarto de hora e depois perdemo-nos durante um bocado. Estou algo contrariado porque também perdi quatro minutos para o Stéphane.”

Nani Roma: “Foi uma etapa muito complicada, com muita areia e perdemos muito tempo à procura de um way point escondido. Foi complicado, perdemos cinco a seis minutos para o encontrar, mas conseguimos chegar com os nossos três carros ao bivouac todos inteiros. Alguns dos nossos rivais tiveram mais problemas, pelo que nesta altura devemos aproveitar para relaxar um pouco.”

Dominique Serieys, Director Desportivo da equipa Repsol Mitsubishi Ralliart: “Ainda só fizemos metade da prova, mas não posso negar que os últimos dias têm sido muito positivos para nós. Mas o Dakar é assim e qualquer coisa pode ainda acontecer. Temos de nos manter concentrados no nosso objectivo durante a próxima semana para vermos como correm as coisas.”

Classificações

Motos. 8ª Etapa
1. D. Casteu (KTM) 5h 55m 55s
2. Blais (KTM) 5h 58m 08s
3. C. Despres (KTM) 5h 58m 12s
4. I. Esteve (KTM) 6h 02m 53s
5. M. Coma (KTM) 6h 03m 57s
6. A. Caldecott (KTM) 6h 04m 42s
9. J. Viladoms (KTM) 6h 08m 11s
11. G. Sala (KTM) 6h 10m 02s
12. C. De Gavardo (KTM) 6h 11m 16s

Geral Motos
1. M. Coma (KTM) 30h 49m 20s
2. I. Esteve (KTM) a 6m 23s
3. C. De Gavardo (KTM) a 11m 49s
4. C. Després (KTM) a 26m 54s
5. G. Sala (KTM) a 44m 28s
6. A. Caldecott (KTM) a 47m 29s
25. J. Viladoms (KTM) a 6h 20m 58s

Carros. 8ª Etapa
1. T. Magnaldi/A. Debron (Schlesser Ford) 5h 00m 56s
2. S. Peterhansel/J-P. Cottret (Mitsubishi Pajero Evolution) 5h 07m 48s
3. Mark Miller (USA)/Dirk Van Zitzewitz (D) Volkswagen Touareg 5h 07m 48s
4. J. Roma/H. Magne (Mitsubishi Pajero Evolution) 5h 08m 51s
5. L. Alphand/G. Picard (Mitsubishi Pajero Evolution) 5h 11m 32s

Geral Carros
1. S. Peterhansel/J-P. Cottret (Mitsubishi Pajero Evolution) 27h 43m 41s
2. L. Alphand/G. Picard (Mitsubishi Pajero Evolution) a 32s
3. G. De Villiers/ T. Thorner (Volkswagen Touareg) a 26m 16s
4. J. Roma/H. Magne (Mitsubishi Pajero Evolution) a 43m 35s
5. J. Kleinschmidt/F. Pons (Volkswagen Touareg) a 1h 06m 26s

La etapa de amanhã
Etapa de descanso. 8 de Janeiro.
Alcançado o meio da prova, os participantes gozarão amanhã um merecido dia de descanso. Sem descansar demasiado, durante este dia, as equipas, mecânicos e pilotos dedicam-se a fundo a preparar as Etapas vindouras e a deixar prontas as mecânicas para enfrentar a segunda metade do rali. Permite igualmente que os mais atrasados recuperem e voltem a estar juntos com a caravana. A selecção dos concorrentes nas oito Etapas disputadas até ao momento, e sobretudo a de Atar-Nouakchott, foi importante e as diferenças já se começaram a fazer sentir.

GateKeepers, 2006-01-07
 
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