Notícias Opiniões Segurança Moto Clubes Pilotos Eventos Desporto Esc. Condução IPO Área Reservada 
Thu, 02 May 2024
Entrada
Atrelados
Automóveis
Bicicletas
Motos
Viaturas Usadas
Emprego

 
 
Nani Roma soma e segue na Mauritânia

Fazendo valer o seu conhecimento do deserto e com mais experiência do que em 2005, o piloto Repsol segue em frente nesta sua segunda participação no Dakar nos automóveis

Com metade da prova já disputada, e depois de realizados quase 5.000 Km em oito dias, p piloto da equipa Repsol Mitsubishi Ralliart, Nani Roma, aproveitou o único dia de descanso que a prova oferece para fazer um balanço da mesma. Ocupando a quarta posição, o espanhol já não é aquele piloto conservador que vimos o ano passado no deserto. Agora avança determinado e sem contemplações até alcançar o seu objectivo: terminar o rali mais duro do Mundo no pódio. Reconhece que ainda lhe falta alguma experiência nas dunas e na erva de camelo, onde já perdeu precisos minutos nesta edição da prova, mas a sua capacidade de pilotagem já o colocou a liderar a maratona africana e a terminar a terceira Etapa do rali no terceiro posto. O seu chefe de fila, Dominique Serieys, considera-o um candidato à vitória, mas Roma tem claro que o seu objectivo imediato é prosseguir a aprendizagem e estar no pódio do Lago Rosa. Ainda faltam sete dias de competição, mas o Nani está confiante e decidido, e diz contar com todo o apoio daquela que é a melhor equipa, a Repsol Mitsubishi Ralliart.

Estás a conseguir cumprir com as expectativas que tinhas para este Dakar 2006?
“Sim. Diria até que estou a conseguir mais do que esperava. Estou muito satisfeito com a forma como as coisas têm corrido até agora, da minha prestação e do ritmo que estou a conseguir imprimir. Houve dias em que andei juntinho aos da frente. Ainda falta muita prova e muito para aprender e tenho a certeza que conseguirei ser ainda mais competitivo no futuro.”

Antes de começar, sabias que os Volkswagen e os bugies iam ser os vosso principais rivais. Em que é que são diferentes do Mitsubishi Pajero?
“Os bugies são muito leves e rápidos nas zonas mais lisas e os Volkswagen melhoraram muito em relação ao ano passado. O motor biturbo dá-lhes algo extra que antes não tinham, mas também melhoraram no que respeita às suspensões, e à parte técnica... Em suma, diria que melhoraram em quase tudo. Mas ainda assim os Mitsubishi são melhores, sobretudo em superfícies tão complicadas como a erva de camelo.”

Quais crés que sejam os teus principais rivais na luta pró um pódio no Lago Rosa?
“O principal rival é sempre a dureza da prova. Depois, diria que o Luc, o Stéphane e o De Villiers, porque estão à minha frente, mas também o são a Jutta e o resto dos pilotos que estão atrás de mim.”

Já demonstras-te estar ao nível dos melhores e mesmo poder chegar à liderança da prova. Mas, da mesma forma que aos melhores, também tu tiveste problemas. Dirias que o facto de se pilotar para ganhar implicar riscos maiores, ou foram erros esporádicos?
“Creio que foram falhas devido à minha falta de experiência. Erros sempre se podem cometer, o que é preciso é aprender com eles para que não se voltem a repetir. Ainda tenho muito para aprender, mas estou satisfeito.”

O teu chefe de equipa, o Dominique Serieys, comentou que já se nota a experiência que foste adquirindo e que demonstras-te que todos os pilotos da equipa têm sérias possibilidades de vencer o Dakar este ano. Concordas?
“É verdade que progredi muito, mas dai a ser vencedor... O que devo é fazer é concentrar-me em fazer bem as coisas, mais do que pensar em se posso ou não ganhar. O objectivo é vencer o rali em 2007. Por enquanto, é ir trabalhando e fazendo bem as coisas, como temos feito até agora. Senão cometermos erros e seguirmos nesta linha, os resultados chegarão.”

Antes de começar comentaste que o ano passado terminaste um pouco frustrado por teres de andar com mais cuidado que seria normal. Devias aprender e chegar até Dakar, e por isso não podias arriscar. Como te sentes agora?
“Sinto-me muito bem. Estou a andar sem restrições, como gosto. A experiência acumulada desde o ano passado permitiu-me melhorar muito no que toca a técnica de condução, e isso permite-me andar mais rápido. Isso traz também os seus riscos, já que quando mais rápido andas, mais probabilidades tens de ter problemas. Mas as coisas são mesmo assim. Felizmente, as coisas podem sempre melhorar.”

A que nível de condução dirias que te encontras?
“Ainda não estou a 100%, mas é difícil dar um número correcto. Estou muito melhor que o ano passado e melhor que há seis meses, mas ainda tenho muito que aprender. Progredi muito em vários aspectos e, por sorte, sinto que ainda tenho muita margem de progressão. Sobretudo na erva de camelo e manter um ritmo elevado e constante nas dunas. Mas pouco a pouco vou conseguindo isso. No final, creio que conseguirei um nível óptimo de condução.”

O mote para as primeiras Etapas foi a contenção, manterem-se no grupo dos da frente para depois marcar a diferença na Mauritânia. Qual é o plano para esta segunda metade da prova?
“A partir de hoje, o objectivo é fazer bem as primeiras três ou quatro próximas Etapas, que vão ser críticas. A Etapa de hoje vai ser longa e complicada, com muita areia e crítica em termos de navegação. O mais importante será não cometer erros, mas a equipa está confiante e preparada.”

O pior e melhor momento do rali até agora
“O pior foi talvez há alguns dias, na Etapa Zouerat-Atar. Perdemo-nos no início da Especial e passámos por momentos bastante complicados. Mas conseguimos dar a volta por cima, encontrar o caminho certo e superar a situação para voltar a andar a bom ritmo até ao final. O melhor foi o facto de conseguir andar colado ao líder do Dakar sem o esperar. Fiz uma Etapa muito boa e, e mesmo tendo sido uma das primeiras disputadas em África, passei a líder da classificação. Foi algo de mágico.”

O amigo da Rosa lesionou-se e ela cumpriu com a sua palavra e abandonou. Estás triste por não ter conseguido chegar nem a metade da prova ou pelo contrário estás mais tranquilo
“Estou triste porque sei que queria muito estar em prova e o quanto lhe custou fazê-lo. Mas ela já sabia, e sempre esteve de acordo, que não podia continuar sozinha, já que para mim isso era uma grande preocupação.”

O pódio está ao teu alcance?
“Estaria ao alcance se a prova terminasse amanhã, mas ainda falta meio Dakar. Agora ainda não é o momento para pensar no resultado final. O que temos de fazer é seguir o nosso trabalho como até agora e, não me canso de repetir, sem cometer erros. O Dakar não é ganho apenas pelo mais rápido, senão por aquele que comete menos erros.

GateKeepers, 2006-01-09
 
Pesquisar

W e b - d e s i g n


  A informação disponibilizada é de carácter informativo. Não tem a pretensão de ser exaustiva nem completa.
Não nos responsabilizamos por qualquer tipo de incorrecção, embora tenhamos a preocupação de ter a informação o mais correcta possível.