Ricardo Leal dos Santos completou esta madrugada a 9ª etapa do Euromilhões Lisboa Dakar cumprindo os 874 quilómetros que ligaram Nouakchott a Kiffa tendo terminado o sector selectivo passavam alguns minutos das quatro da manhã. O piloto, que por sinal é o único sobrevivente de entre os que desafiaram esta prova a Solo, conseguiu superar todas as dificuldades da mais difícil etapa do Dakar, ultrapassando mais de metade das equipas concorrentes, ao longo das cerca de quinze horas que demorou a cumprir o percurso.
Para Ricardo Leal dos Santos “o início foi algo penoso já que a organização entendeu que na etapa que chegou a Nouakchott eu tinha falhado os “way points” que temos de cumprir através do GPS embora eu ache que o erro deve ter estado no código que eventualmente tenha sido mal introduzido. O certo é que para além de seis horas de penalização esse tempo foi colocado nessa etapa e parti praticamente no final da caravana. Por isso a primeira parte da etapa foi penosa. Depois quando a noite chegou, foi mais uma etapa à Dakar. Gente por todo o lado. “atascansos” monumentais e eu, sozinho, não tive melhor sorte. Em dois deles estive quase duas horas para tirar o carro. Mas vi gente muito pior. Uma das situações mais estúpidas aconteceu com um piloto espanhol que, a pé, se atravessou à minha frente. Tive de travar a fundo e lá fui mais uma vez para o trabalho de pá e pranchas. Lá mais para o final da etapa vim junto dos pilotos portugueses dos Land Rover que me ajudaram algumas vezes”.
Hoje, de Kiffa até Kayes, os concorrentes e toda a caravana cumprem a 10ª etapa com uma especial de 283 quilómetros que começa na Mauritânia e termina no Mali. A vegetação torna-se densa e a pista de terra, estreita e ravinosa, serpenteia através da savana. Sendo um percurso bastante rápido, irá beneficiar quem tiver a viatura em melhores condições e vontade de ganhar tempos aos adversários. |