Notícias Opiniões Segurança Moto Clubes Pilotos Eventos Desporto Esc. Condução IPO Área Reservada 
Thu, 02 May 2024
Entrada
Atrelados
Automóveis
Bicicletas
Motos
Viaturas Usadas
Emprego

 
 
Moletto Sport tem a primeira baixa

Luís Costa/Pedro Lima ficaram fora de prova quando eram os terceiros melhores portugueses

“Capotanço” de frente deixou-os nas areias do deserto. Céu Pires de Lima chegou exausta… mas chegou! Adélio Machado é agora o terceiro melhor piloto português.

A opinião é geral. A etapa que ligou a capital da Mauritânia a Kiffa, numa extensão total de 874 Km foi a mais dura deste Lisboa/Dakar.

Entre a equipa da Moletto Sport registou-se a primeira baixa. A dupla Luís Costa/Pedro Lima capotou de frente, quando eram decorridos cerca de 250 Km da especial, acabando por destruir parcialmente o Toyota Land Cruiser. Sem qualquer dano físico, piloto e co-piloto estão no entanto fora de prova, tendo passado a noite junto ao local da ocorrência.

Patrick Lardeau, director desportivo da Toyota France, confirmou o abandono da equipa nº 441, apesar de ainda ter surgido classificada no 53º lugar, após a ligação entre Nouakchott e Kiffa.

Depois de terem sido a terceira melhor equipa portuguesa em prova, Luís Costa e Pedro Lima conseguiram resistir, durante oito etapas, à adversidade de um Dakar demasiado duro, debatendo-se, durante a maior parte do tempo, com problemas na embraiagem do Land Cruiser. O sonho não chegou a ser cumprido na totalidade, mas fica para o líder da Moletto Sport a enorme experiência para próximas edições da maratona africana.

Adélio Machado já é 58º na geral

A dureza das pistas deixou de facto sérios danos na caravana. Na Moletto Sport,a dupla Adélio Machado/Laurent Flament assumiu agora a posição de terceira melhor equipa lusa, ocupando o 58º lugar na geral, após uma etapa demolidora.
“Foi a pior etapa de todas”, desabafou Adélio Machado, minutos depois de ter saído do sector especial de ontem. “Muitos quilómetros de areia repletos de erva de camelo, impediam-nos de seguir a direito. Sem embraiagem, tive de ”meter as mudanças a martelo”, o que dificultou ainda mais o nosso trabalho. Andei a poupar o carro ao máximo, mas nunca pensei que o dia viesse a ser tão duro”, disse, exausto, Adélio Machado, a caminho de Kiffa.

Para o piloto de Vila Nova de Famalicão, o objectivo é bem claro: “Tivemos de fazer uma ginástica enorme para manter uma gestão equilibrada do nosso andamento, porque quero chegar a Dakar. O carro sofreu muito e nós passámos um mau bocado, quando estive mais de uma hora para ultrapassar duas dunas demasiado altas”.

Céu Pires de Lima continua a resistir

E se a gestão cuidada da tripulação tem dado os seus frutos, na tentativa de alcançar o Lago Rosa, já a outra formação da Moletto Sport, com Céu Pires de Lima e Arnaldo Marques, luta com afinco para permanecer em prova.

Já passava das 11 horas da manhã de hoje, quando Céu Pires de Lima chegou a Kiffa: “Foi tão difícil que ninguém imagina! Mas vamos conseguir partir para a 10ª etapa, apesar de termos muito pouco tempo para a assistência. O carro sofreu muito e vamos ter todo o cuidado porque no final da etapa de hoje não vai haver assistência”.

A grande aventura de Céu Pires de Lima e Arnaldo Marques ainda está para durar. A resistência e espírito de sacrifício estão a valer a pena: “Foi um dia demasiado longo e duro. A princípio as coisas até estavam a correr bem, com toda a gente a atascar e nós a rolar sem problemas. Mas mais tarde ficámos atascados e tivemos de esperar mais de três horas para sair daquela situação incrível. Com os problemas na embraiagem a atrapalhar cada vez mais, julgo que, ao todo, perdemos mais de cinco horas na etapa. Mas uma coisa é certa, estou feliz por continuar em prova! ”

Arnaldo Marques compartilha do espírito da sua piloto e afirma: “ Nunca tinha feito nada igual. Foi muito duro, talvez a pior etapa de sempre. Mas posso garantir que a Céu é fabulosa. Nunca vi nada igual. Chegámos e estamos em prova, e isso é que é importante”. E assim será, ao partirem para a etapa, em 105º lugar.

Céu Pires de Lima e Arnaldo Marques passaram por Luís Costa e Pedro Lima, assegurando-se que tudo estava bem, em termos físicos, com os dois tripulantes do Toyota Land Cruiser, esse, infelizmente, impossibilitado de continuar em prova.

Para hoje, estão reservados mais 333 Km na ligação de Kiffa a Kayes. A entrada no Mali acaba por ser mais uma vitória para todos os concorrentes em prova, embora se saiba que não haverá assistência, no final da etapa.

Média Alta - Imagem e Comunicação, 2006-01-10
 
Pesquisar

W e b - d e s i g n


  A informação disponibilizada é de carácter informativo. Não tem a pretensão de ser exaustiva nem completa.
Não nos responsabilizamos por qualquer tipo de incorrecção, embora tenhamos a preocupação de ter a informação o mais correcta possível.