 Carlos Sousa está a um par de dias de terminar a sua nona participação no Rally Lisboa Dakar em 10 possíveis, o que constitui uma taxa de sucesso de 90%. Fez hoje, uma etapa mais cuidadosa, porque o carro não foi revisto como habitualmente por ontem ter sido uma etapa “maratona”.
“A classificativa correu-nos relativamente bem, principalmente no início, que estávamos bastante rápidos. Passei o Schlesser perto do quilómetro sessenta, que facilitou a manobra, depois o Miller e o Chevrolet do Vigouroux, também numa boa toada, sem problemas. No entanto, um pouco mais à frente comecei a sentir a traseira do carro a escorregar mais do que o normal, e decidimos parar para verificar o eixo traseiro”, explicou o piloto do Team Galp Energia.
“Parámos um bocadinho para nos certificarmos se tudo estava ok e reparámos que as reacções do carro deviam estar relacionadas com um sobreaquecimento dos amortecedores, nada demais”, referiu o piloto português também apoiado pela TMN e Intermarché que baixou um pouco o ritmo.
Sobre o desenrolar da prova, o piloto de Almada adiantou: “Este sétimo lugar é para nós uma posição muito boa, tendo em conta que com os pilotos que estão à nossa frente, dificilmente conseguiríamos melhor. Estamos no nosso lugar que espero pelo menos manter até chegar a Dakar”.
“Agora é só ter cuidado e cabeça fria”, comentou Carlos Sousa sem problemas de maior no Nissan Navara e satisfeito pelo enorme esforço e sacrifício de alguns compatriotas para chegarem ao final do Lisboa Dakar: “Deve ser o Dakar que teve mais equipas à chegada, são todos uns heróis, porque este rali foi muito difícil e eles e elas, todos, vamos fazer uma barulheira no Domingo no pódio em Dakar. Vai ser uma grande festa”.
O piloto do Team Galp Energia será o oitavo na ordem de partida para a Especial com 254 KM que o levará até ao Lago Rosa: “Tenho uma posição estável na classificação geral, a 1h10m do Schlesser. Não é difícil para ele controlar essa vantagem. Por outro lado, tenho atrás de mim o Bruno Saby a 2h45m de me alcançar. Será uma etapa de gestão”, rematou.
Carlos Sousa e o seu navegador Jean-Marie Lurquin só podem subir posições caso haja problemas entre os concorrentes que os antecedem na classificação geral. A diferença de 20 minutos entre Luc Alphand e De Villiers, não deixa o líder da prova descansado. Também os 40 minutos entre Peterhansel e Miller, para a quarta posição pode trazer surpresas. Vamos ver como correm as coisas.
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