Hoje, 13ª Etapa Adélio Machado, apesar de ter perdido duas horas, continua a ser o terceiro melhor português. Luís Costa na saga de resgatar a viatura acidentada.
A equipa mista, constituída por Céu Pires de Lima e Arnaldo Marques, teve hoje o privilégio de tripular o primeiro carro da Moletto Sport a cumprir a especial, em 07h42. 43 – 46º lugar (provisório) – uma vantagem de 20 minutos sobre Adélio Machado/Laurent Flament (08h03. 10), que se debateram durante cerca de duas horas com problemas eléctricos. Ainda assim, o piloto famalicense continua a ser o terceiro melhor português.
À partida, Adélio encontrava-se na 43ª posição – tendo feito o 52º lugar (provisório) – podendo hoje manter-se entre os primeiros 40 classificados da geral (às 19h20 de Lisboa, era 37º)
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O chamado “susto eléctrico” Adélio Machado e Laurent Flament apanharam um valente susto, já na recta final deste Lisboa/Dakar. Com o Senegal já à vista, o Toyota Land Cruiser da Moletto Sport viria a ter um problema eléctrico que o obrigou a parar.
Um curto circuito fez com que o corta corrente tivesse de ser desligado, tendo acabado por destruir a bateria e levado a tripulação quase ao desespero.
“Estava tudo a correr tão bem e logo a dois dias de terminar esta grande aventura, não me livrei de um grande susto. Estive parado entre hora e meia a duas horas, tendo sido um português quem me salvou desta aflição. Gostava de realçar aqui o grande espírito desportivo do Lino Carapeta, que depois de ter capotado, ainda arranjou tempo para me ajudar. É uma pessoa espectacular! ”, sublinha Adélio Machado.
Este elogio do piloto vale ainda mais, quando é sabido que as duas equipas lutavam à geral pela posição de terceiros melhores portugueses, embora o Toyota da equipa Moletto Sport tivesse já conseguido um avanço superior a duas horas, alcançado nas três últimas etapas.
Agora com Dakar a pouco mais de seiscentos quilómetros, Adélio Machado está perto de realizar um grande sonho.
“Estou muito feliz por ter chegado até aqui e ter conseguido andar entre os primeiros portugueses. É preciso não esquecer que ainda faltam duas etapas para o fim da prova, e então aí é que posso fazer a festa e abrir o champagne”.
A táctica da dupla luso-francesa tem dado os seus frutos. Hoje, um susto valente não chegou para lhes tirar o sorriso dos lábios.
A penúltima etapa – esta, já com chegada à cidade de Dakar – numa extensão de 634 Km, dos quais 245 km correspondentes à prova especial, que deverá ser cumprida cerca das 12h30, pelo primeiro carro.
Poder-se-á dizer que é a última oportunidade para alguns concorrentes ganharem (ou perderem) alguns minutos que lhes altere alguns pontos na geral, já que a etapa de domingo – corrida nas areias do Lac Rose, até ao pódio final – servirá apenas para o espectáculo… e para a fotografia!
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