Piloto de Esposende aposta já no próximo ano Paulo Gonçalves, piloto do Team Repsol/Honda, era um homem muito satisfeito no final da sua estreia no Lisboa/Dakar 2006. Com cinco resultados dentro dos dez primeiros classificados ao longo das 13 Especiais efectuadas contra o cronómetro (duas foram neutralizadas) e depois de ter liderado a primeira parte da tirada de ontem, Paulo Gonçalves faz um balanço positivo e olha já para o futuro.
“É um balanço verdadeiramente positivo. Não só consegui chegar a Dakar – o que me deixa muito contente –, como o faço entre os 25 primeiros da geral e como o segundo melhor português”, começou por adiantar “Speedy”.
“Verifiquei melhorias na minha pilotagem e navegação ao longo de toda a prova. A primeira parte foi um pouco mais difícil para mim, mas depois do dia de descanso as coisas começaram a mudar e comecei a sentir-me mais tranquilo e capaz de rodar com mais ritmo. Mas tenho a consciência que este resultado não se deve apenas a mim; fui eu quem pilotou e navegou, mas não fosse o apoio do Team Repsol/Honda ao longo de toda a prova, a magnífica fiabilidade da CRF 450X e as muitas dicas dadas pelo meu Director Desportivo, o Paulo Marques, e não acredito que pudesse estar tão satisfeito agora”, reconheceu o piloto de Esposende.
“Aprendi muito desde o primeiro dia e, para ser franco, até mesmo a queda que dei foi uma grande e importante lição. Fez-me olhar a prova de outra forma, respeitá-la ainda mais e refrear um pouco o andamento. Por incrível que possa parecer, acho que foi na altura certa, pois não só me fez prestar mais atenção, como ainda tive a oportunidade de recuperar muitas posições na geral. É certo que a aula de recuperar mais de 150 lugares ao longo da prova e rodar no pó dos outros podia ter tido outro motivo menos aparatoso, mas o Dakar é assim. Felizmente não me aconteceu nada em termos físicos”, confessou o piloto apoiado pela RPM.
“Agora, quando chegar a Portugal, quero começar a prepara o próximo ano. Vou ter de ver várias coisas porque queria ter a possibilidade de fazer duas provas africanas ao longo do ano para treinar mais a navegação e ficar a conhecer melhor as armadilhas que o deserto nos reserva. Estou certo que se o fizer, e contando com o apoio e infra-estrutura que tive neste Lisboa/Dakar, para o ano poderei apresentar um resultado final entre os dez primeiros ou muito próximo disso. O andamento que mostrei ao longo da prova, principalmente na segunda fase, são prova disso e, acima de tudo, grande motivação para alcançar essa meta”, rematou Paulo Gonçalves apostado em ser o melhor piloto Honda em 2006.
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