Notícias Opiniões Segurança Moto Clubes Pilotos Eventos Desporto Esc. Condução IPO Área Reservada 
Fri, 26 Apr 2024
Entrada
Atrelados
Automóveis
Bicicletas
Motos
Viaturas Usadas
Emprego

 
 
Participação muito positiva da Moletto Sport

Apesar de termos ficado sem um carro

. Adélio Machado (38º), um estreante no TT que termina como terceiro melhor português.
. Céu Pires de Lima (66º) concretizou, à segunda, um sonho bastante sofrido.

A etapa de consagração, com passagem nas margens do Lac Rose, é tradicionalmente o espectáculo que culmina a grande competição mundial. Este ano, a morte de duas crianças por atropelamento, já nas estradas senegalesas, levou a direcção da prova a cancelar a cronometragem da última especial.

Assim, quem se dirigiu a Dakar para ter o prazer de observar, ainda, os “resistentes” nas suas performances, limitou-se a vê-los em desfile. Foi o caso do piloto líder da equipa Moletto Sport, Luís Costa que, quando era o terceiro melhor português e a demonstrar grandes possibilidades de uma classificação final entre os 25 primeiros, foi vítima de um acidente que o obrigou e ao seu navegador Pedro Lima, à desistência.


Luís Costa – Uma boa experiência e uma certeza:
Vamos fazer o nacional de TT

Este não será, certamente, o balanço que o líder da Moletto Sport gostaria de fazer no final do Lisboa/Dakar. Luís Costa está naturalmente decepcionado em termos pessoais, porque infelizmente abandonou no decorrer da 9ª etapa, após capotar o seu Toyota Land Cruiser. Hoje, mais a frio, é possível tirar algumas conclusões em relação à participação da equipa nortenha na grande maratona africana, embora o balanço geral tenha de ser remetido para mais tarde.

Sem interiorizar demasiado a sua participação ao lado de Pedro Lima, Luís Costa avança com a sua leitura:

“Para já, só posso fazer um balanço positivo. Foi uma experiência enriquecedora para quem conseguiu terminar a prova. À partida de Lisboa, sabia que era muito difícil chegar a Dakar com os três carros. Desta vez, o azar calhou-me a mim, mas em termos gerais da equipa só posso tirar boas conclusões. Dos sete carros inscritos pela Toyota France, três chegaram ao fim, dois dos quais são da Moletto Sport. A nossa assistência esteve brilhante ao longo dos 14 dias de competição, e gostaria de realçar a dedicação dos três mecânicos portugueses que integraram a estrutura da Toyota France. O António Rodrigues, o Manuel Borges e o Francisco foram verdadeiramente fantásticos e a sua actuação foi determinante para o êxito do Adélio e da Céu”.

Sem querer arranjar desculpas para o seu abandono, Luís Costa relembra:

“Foi de facto o preço da inexperiência. Os problemas constantes com a embraiagem do Toyota, um engano pontual na rota, que me levou a andar demasiado rápido num terreno difícil, levou a um acumular de situações que motivaram o acidente. Agora, um passo em frente! É necessário pensar no futuro”.

Conquanto seja ainda muito cedo para fazer um balanço final, o piloto não deixa de apontar algumas linhas mestras:

“Em termos desportivos, foi bom para a Moletto Sport ter estado no Lisboa/Dakar. Quanto aos resultados mediáticos e o retorno que vão fazer para novos patrocínios, … vamos ver. Sobre projectos internacionais, a equipa está preparada para novos desafios, para além de a nossa participação no Campeonato Nacional de Todo Terreno ser uma certeza”.

Nas praias de Dakar, à beira do Lac Rose, Luís Costa amadurece a aventura recente e sente-se naturalmente feliz pelos sucessos alcançados pelas outras duas formações da Moletto Sport.

“Estou muito contente porque a Céu conseguiu realizar o seu sonho. Ao Arnaldo deixo também um grande e forte abraço, enquanto que para o Adélio Machado e o Laurent Flament, os meus parabéns e a natural satisfação por terem sido a terceira melhor equipa com as cores portuguesas”.


ADÉLIO MACHADO: Quero vencer o T2 em 2007

Adélio Machado prometeu abrir o champagne em Dakar e cumpriu a promessa. O piloto de Famalicão, acompanhado pelo francês Laurent Flament, conseguiu atingir o seu objectivo, juntando ainda o facto de ter alcançado o terceiro lugar entre os pilotos portugueses.

“Foi bom demais. A sensação de estar no Lac Rose é inexplicável! ”, referiu Adélio Machado que na sua estreia no Dakar consegue chegar ao 38º lugar final, e conquistar o 5º lugar entre as viaturas do grupo T2. Esta foi a prenda que o piloto ofereceu a si próprio pelos seus 40 anos de idade, deixando mais uma promessa:

“Agora quero continuar até aos 50. Uma década a participar numa das maiores aventuras de sempre. O Laurent foi a escolha correcta, pois conseguiu ser sempre o navegador que me fez falta. Quanto ao Toyota Land Cruiser, um carro impecável! ”

E para acabar em beleza: “Furei ao descer do pódio. Foi para dar sorte para o futuro. Em 2007, quero vencer o T2”.


CÉU LIMA: É maravilhoso chegar ao fim!

Ainda não foi desta que Céu Pires de Lima conseguiu dormir um sono profundo. No hotel em Dakar, um autêntico ataque de melgas deixou a piloto sem pregar olho. Mas o mais importante é que conseguiu concretizar o sonho.

“Ainda estou nas nuvens! Este é um sonho estranho, porque foi muito difícil concretizar. Desde que se concebeu a ideia, até chegar aqui, passaram-se muitas coisas. Mas este foi mesmo o tal desafio e quando se consegue chegar ao fim é maravilhoso”.

Céu Pires de Lima e Arnaldo Marques são o espelho da felicidade nas praias de Dakar.

“Vive-se, hoje, um ambiente de festa. Foi emocionante ver imensos portugueses ao longo da praia, agitando bandeiras nacionais num apoio muito caloroso à nossa participação. A organização e todas as equipas participantes montaram um verdadeiro circo, com imensas tendas espalhadas em volta do pódio onde se almoça e se saúda o final deste Lisboa/Dakar”.

Céu Pires de Lima e Arnaldo Marques fazem parte de uma percentagem feliz. Partiram 180 carros, chegaram 68 e eles estão no lote restrito. Entre todos, apenas duas mulheres piloto subiram ao pódio.

Média Alta - Imagem e Comunicação, 2006-01-16
 
Pesquisar

W e b - d e s i g n


  A informação disponibilizada é de carácter informativo. Não tem a pretensão de ser exaustiva nem completa.
Não nos responsabilizamos por qualquer tipo de incorrecção, embora tenhamos a preocupação de ter a informação o mais correcta possível.